Qual a idade ideal para começar a empreender?
Maturidade é a métrica e isso varia. Sendo assim, é possível afirmar que não
exista uma fase certa para lançar-se neste universo.
O meu conselho é para que empreendam quando tiverem
conhecimento plausível sobre o mercado, assim como capacidade de tomar decisões
frias e racionais. O jovem empreendedor sério é caracterizado pela vontade de
sempre aprender, estamina e essência vencedoras. Esses são os alicerces sine qua
non para quem deseja prosperar, principalmente quando a conjuntura
é desafiadora.
Cinco dicas importantes para quem está iniciando na
vida do empreendedorismo:
1- Cuidado com a falta de construção da marca - Há a
impressão que criar uma marca forte é algo complexo demais para ser
desenvolvido, porque a estratégia precisa ser bem estruturada. A marca funciona
como atalho para o consumidor e ela é o maior patrimônio de qualquer empresa
perene.
2- Glamour – Muitos inovadores
mambembe pensam que apenas uma ideia é suficiente para criar uma empresa. Outro
erro grave. É essencial colocar a mão na massa, tomar a frente do negócio,
batalhar. O trabalho em uma startup é tão árduo quanto em qualquer outra
empresa. Arregaçar as mangas é fundamental. Egos também devem ser deixados de
lado. Brigas entre fundadores são comuns. Portanto, escolher o sócio correto –
com objetivos similares – é fundamental. Depois do "casamento", a
separação entre sócios só gera dificuldades.
3- Momento errado para lançar – O
empreendedor deve saber o exato momento de lançar sua marca e produto. A ideia
pode ser boa e o dinheiro pode estar no caixa, mas é essencial não perder a
oportunidade de entrar no mercado. Se o momento está conturbado – com a
economia do país em baixa, por exemplo -, vale esperar ou tirar vantagem disso?
4- Desconhecimento do mercado – Já é
um "mantra" do marketing o fato de ser fundamental antecipar a
necessidade do consumidor. Mas isso é impossível diante do desconhecimento do
mercado. Só se conhece a futura necessidade do consumidor com estudo completo
sobre a área que a startup está ingressando. E os estudos devem ser profundos.
5- Falta de público-alvo - É preciso
decidir qual público atingir, estudar suas características e conhecê-lo a
fundo. Com este perfil em mãos, o empreendedor não apenas saberá com quem está
falando, mas como e o que falar e por quais ferramentas. Geralmente uma startup
nasce de uma ideia – e o mentor dela não se preocupa com quem
"falar". É preciso focar em determinado públicos.
Os
alicerces fundamentais para a sobrevivência de qualquer negócio são os
seguintes: lucratividade, confiança do consumidor, crescimento e proteção aos
riscos. Diluir as associações positivas de qualquer marca é um ato de suicídio.
No cenário de hoje, é ilógico e arriscado as marcas mentirem para seus
clientes.
Mais do
que um momento de desafio, tratar a economia atual como uma oportunidade é ter
uma visão positiva, mas também real.
Tradicionalmente,
o setor de beleza não sofre grande impacto com incertezas econômicas. São produtos
menos duráveis e por isso os consumidores precisam repor constantemente, o que
acaba energizando o setor continuamente.
O setor de saúde, por questões estruturais, também
vislumbra boas perspectivas de crescimento no longo prazo. Isso acontece porque
o envelhecimento da população aumenta a demanda por esse serviço.
O ramo da educação é outro que mostra resiliência.
Investimentos são atraídos para esse segmento pois ele exige um aporte inicial
preponderantemente baixo se comparado com setores como o da construção civil.
Ademais, em tempos de economia colaborativa,
vencerão os empreendedores criativos que pensarem em produtos e serviços que
possam ser compartilhados, tenham durabilidade e se fortaleçam com as
comunidades digitais.
Lembre-se de que o novo consumidor não se preocupa
mais em ser dono das coisas, mas ter acesso às coisas. A tendência veio para
ficar, especialmente porque é regida por três grandes forças: social (as
pessoas compartilham mais, por exemplo), econômica (escassez de recursos) e
tecnológica (ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se conecta
com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes).
Empreender no Brasil é duríssimo mas é possível.
Foque em janelas ao invés de espelhos.
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