Participação de mercado dos genéricos
avança 7,44 pontos percentuais em ansiolíticos e 6,34 pontos percentuais
em antidepressivos no intervalo de 3 anos, puxando as vendas destas classes terapêuticas
no país
O estresse com a crise brasileira combinadas às
restrições orçamentárias das famílias estão impulsionando as vendas de
medicamentos genéricos para ansiedade e depressão no país.
Estudo da PróGenéricos, com base nos dados do IMS
Health, aponta que as vendas de genéricos para tratamento de depressão
cresceram 21,02% em unidades no primeiro semestre deste ano contra igual
período do ano anterior. No mesmo intervalo, as vendas do mercado total para
esta classe de medicamentos avançaram apenas 13,01%. Os similares cresceram
menos da metade dos genéricos: 6,23%; e as vendas de medicamentos de referência
registram expansão de 4,22%.
Num intervalo de dois anos, o crescimento é ainda mais
expressivo. Comparando a evolução de vendas de antidepressivos no primeiro
semestre, entre 2015 e 2017, a expansão dos genéricos neste intervalo foi de
42,72%. Os similares registram expansão de 15,78% no mesmo período, ao passo
que os medicamentos de referência registram expansão de 2,58%.
Com o resultado, os genéricos avançaram na participação
de mercado para esta classe de medicamentos. No primeiro semestre de 2015, os
genéricos detinham 45,47% das vendas totais de antidepressivos no varejo
farmacêutico. Em 2016, a participação subiu para 48,38% e fechou o primeiro
semestre deste ano em 51,81%. Uma expansão de 6,34 pontos percentuais em
três anos.
O fenômeno se repetiu com os ansiolíticos. O estudo da
PróGenéricos indica que as vendas em unidades dos genéricos para esta classe
terapêutica cresceram 8,47% no primeiro semestre deste ano frente a igual
período do ano anterior. No mesmo intervalo, as vendas totais de ansiolíticos
cresceram 3,32%. No caso dos similares, houve retração de -2,42%. Para os
medicamentos de referência o desempenho também foi negativo: -3,59%.
No comparativo dos primeiros semestres de 2015 a 2017,
a vantagem dos genéricos fica ainda mais evidente. No acumulado dos primeiros
semestres de 2015 a 2017, as vendas de ansiolíticos genéricos cresceram 20,43%,
enquanto os similares recuaram – 22,57% e o similares amargaram retração de
-8,89%.
Nesta classe, os genéricos também ganharam mercado. No
primeiro semestre de 2015, os genéricos detinham 52,11% de participação nas
vendas de ansiolíticos em unidades. Em 2016, este número saltou para 56,73% e
alcançou a marca de 59,55% no primeiro semestre deste ano. Um salto de 7,44
pontos percentuais em três anos.
“É natural que haja um aumento do consumo de
substâncias para tratar depressão e ansiedade em momentos como esse que o
Brasil atravessa, marcado por crise econômica e política prolongadas”, diz
Telma Salles, presidente da PróGenéricos. “E é natural também que os
consumidores busquem os genéricos uma vez que as famílias estão com os
orçamentos mais enxutos. O consumidor sabe que pode confiar nos genéricos e o
preço e é media 60% mais barato”, completa a executiva.
Indicadores
PróGenéricos
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