Especialistas do curso
de Fisioterapia do Mackenzie desenvolvem técnica para ajudar no tratamento de
pacientes com dores crônicas e os resultados são positivos
O método
Distensionamento Miofascial Aquático (DMA), vem sendo estudado e aperfeiçoado
no grupo de fisioterapia aquática da Clínica de Fisioterapia da Universidade
Presbiteriana Mackenzie. O tratamento experimental trata-se de uma intervenção
terapêutica com objetivo de diminuir a tensão miofascial, ou seja, a tensão dos
músculos e da fáscia (tecido que envolve os músculos) e assim melhorar a
flexibilidade na realização dos movimentos do corpo e essa proposta pode ajudar
pessoas diagnosticadas com fibromialgia.
A doença despertou o interesse da população a partir do anúncio do cancelamento do Show da Lady Gaga, no Rock in Rio 2017. A cantora informou que foi diagnosticada com a síndrome em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. Ainda não existe cura, mas por meio da associação de tratamentos físicos e medicamentosos, os sintomas podem ser amenizados.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) a fibromialgia já atinge 3% da população Brasileira e é mais comum em mulheres de 30 a 55 anos de idade.
Diante disso, a equipe de pesquisadores da Clínica de Fisioterapia da Universidade Presbiteriana Mackenzie desenvolveu o método DMA, realizado dentro da piscina aquecida à 34°C, associando os efeitos da imersão para intensificar a liberação miofascial. O estímulo da “massagem” realizada em regiões pré-definidas (de maior tensão) aliada aos efeitos da flutuação em água aquecida, proporciona relaxamento e alívio da dor de forma imediata, que posteriormente auxilia na flexibilidade global, melhora do sono e da qualidade de vida. Diferente de outras técnicas baseadas em terapia manual e realizadas em consultórios que não contam com os benefícios da imersão.
A orientadora da pesquisa, Étria Rodrigues, explica que os manuseios associados aos exercícios na água estimulam o relaxamento do músculo e reabertura do tecido para que os fluxos de fluídos possam trafegar sem alterações e assim restaurar a função e a conexão do sistema sensoriomotor.
A doença despertou o interesse da população a partir do anúncio do cancelamento do Show da Lady Gaga, no Rock in Rio 2017. A cantora informou que foi diagnosticada com a síndrome em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. Ainda não existe cura, mas por meio da associação de tratamentos físicos e medicamentosos, os sintomas podem ser amenizados.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) a fibromialgia já atinge 3% da população Brasileira e é mais comum em mulheres de 30 a 55 anos de idade.
Diante disso, a equipe de pesquisadores da Clínica de Fisioterapia da Universidade Presbiteriana Mackenzie desenvolveu o método DMA, realizado dentro da piscina aquecida à 34°C, associando os efeitos da imersão para intensificar a liberação miofascial. O estímulo da “massagem” realizada em regiões pré-definidas (de maior tensão) aliada aos efeitos da flutuação em água aquecida, proporciona relaxamento e alívio da dor de forma imediata, que posteriormente auxilia na flexibilidade global, melhora do sono e da qualidade de vida. Diferente de outras técnicas baseadas em terapia manual e realizadas em consultórios que não contam com os benefícios da imersão.
A orientadora da pesquisa, Étria Rodrigues, explica que os manuseios associados aos exercícios na água estimulam o relaxamento do músculo e reabertura do tecido para que os fluxos de fluídos possam trafegar sem alterações e assim restaurar a função e a conexão do sistema sensoriomotor.
Os resultados da
terapia DMA
O estudo descritivo
comparativo longitudinal com amostra semiprobabilística foi realizada no Campus
Mackenzie Tamboré, com oito mulheres diagnosticadas com fibromialgia,
igualmente subdivididas em dois grupos: Grupo Intervenção DMA (GIDMA),
submetido a hidrocinesioterapia, associado a técnica de DMA; e o Grupo Controle
(GC), submetidos apenas à hidrocinesioterapia, explica Ana Carolina de Araújo,
que trabalhou na pesquisa.
As participantes
passaram por duas fases. Na fase um, os movimentos eram realizados pelo
sujeito, e na segunda, os movimentos foram aplicados apenas pelo
fisioterapeuta.
Para chegar aos
resultados, as pesquisadoras adotaram testes não paramétrico utilizado para
comparar três ou mais populações, como Kruskal-Wallis (KW), Mann- Whitney e
Wilcoxon. No questionário de impacto da fibromialgia (QIF), foi possível
observar que no GIDMA a mediana diminuiu de 73,99 para 41,17 e no GC diminuiu
de 85,57 para 43,22. Portanto, ambos os grupos apresentaram melhora na
qualidade de vida. No questionário McGill não foi observado resultados
estatisticamente significantes. No geral, as pacientes tiveram melhora dos
sintomas da doença e da qualidade de vida: diminuição da dor, melhora da
quantidade e qualidade do sono, mais disposição, melhora no humor.
Expansão do estudo
O projeto de Atenção
Secundária em Fisioterapia Aquática em grupo para pessoas com fibromialgia teve
o seu início em 2016 até o primeiro semestre de 2017, atendendo 20
participantes, mulheres entre 30 e 70 anos, com média de mais de 10 anos de
diagnóstico em fibromialgia.
As pessoas que tiverem
interesse no tratamento podem procurar o laboratório de fisioterapia do Campus
Mackenzie Higienópolis (Rua Maria Antônia n° 163), em São Paulo, ou ligar
no telefone (11) 2766-7317, para obter mais informações.
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