domingo, 3 de setembro de 2017

13 de Setembro – Dia Mundial da Sepse - Pense, pode ser sepse?



 17 cidades brasileiras terão ações de conscientização sobre a síndrome que mata mais de 240 mil pessoas/ano no Brasil


A sepse no Brasil continua sendo  responsável por mais óbitos do que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio. Estima-se cerca de 15 a 17 milhões de casos registrados por ano no mundo. Em nosso país são registrados anualmente mais de 400 mil casos, sendo que 240 mil vão a óbito.

No dia 13 de setembro, o ILAS – Instituto Latino Americano de Sepse mobilizará 17 cidades brasileiras, entre elas São Paulo, para ação de conscientização da síndrome junto à população em locais de grande circulação, como rodoviárias e terminais de ônibus e metrô. Na ocasião, serão distribuídos materiais informativos sobre a síndrome, criados pelo ILAS. Nesse dia, também, profissionais de saúde estarão à disposição da população para responder às dúvidas.

O tema desse ano será “Pense, pode ser sepse?”

O presidente do ILAS, Dr. Luciano Azevedo, explica que “o reconhecimento precoce da sepse é a chave para o tratamento adequado. Todas as instituições devem treinar suas equipes, principalmente de enfermagem, para reconhecer os primeiros sinais de gravidade e dar atendimento preferencial a esses pacientes nos serviços de urgência. Por isso: pense, pode ser sepse?”
O médico alerta ainda que o tratamento adequado nas primeiras seis horas tem clara implicação no prognóstico e na sobrevida dos pacientes. “Medidas simples, como coleta de exames, culturas, antibióticos na primeira hora e hidratação podem salvar vidas”.

O grupo de maior risco para o desenvolvimento da sepse é formado por crianças prematuras e abaixo de um ano e idosos acima de 65 anos; portadores de câncer; pacientes com AIDS ou que fazem uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo contra infecções; pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e diabetes; usuários de álcool e drogas; e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, tubos para medicação (cateteres) e tubos para coleta de urina (sondas).

Mas atenção: qualquer pessoa pode ter sepse. “Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão com infecção e apresentam febre, aceleração do coração, respiração mais rápida, fraqueza intensa e, pelo menos, um dos sinais de alerta, como pressão arterial baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou ficam confusos (principalmente idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico”, esclarece Dr. Luciano Azevedo.

O desconhecimento da população em relação aos primeiros sintomas e, consequentemente o atraso na procura de auxilio, também é um dos entraves a serem vencidos. Uma pesquisa realizada pelo ILAS, em parceria com o Instituto Datafolha, demonstrou 86% dos entrevistados não sabem o que é sepse.
Para mudar esse cenário é importante a organização de campanhas de esclarecimento envolvendo sociedades médicas e imprensa.  Pelo quinto ano consecutivo, O ILAS participa do Dia Mundial da Sepse em 13 de Setembro. A ação reúne mais de 3 mil instituições em todo mundo e é comandada mundialmente pela Global Sepsis Alliance (GSP). O objetivo da campanha é mudar o quadro cada vez mais preocupante da incidência e mortalidade por sepse no mundo.

Cidades participantes: Belo Horizonte, Blumenau, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória





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