Falar
em maturidade no mercado de seguros brasileiro requer avaliações sob alguns
pontos de vista. Porém, em linhas gerais, é possível dizer que temos,
sim, um mercado maduro, mas, ainda, com muito potencial a ser
explorado, se bem entendido e atendido.
Em
2016, o setor, que é supervisionado pela Susep, registrou uma trajetória
consistentemente ascendente: 5,7% até maio, 6,5% até julho, 7,2% até setembro e
8,2% até novembro. Como um todo, o mercado de seguros arrecadou R$ 291,5
bilhões. Esses números demonstram o dinamismo do segmento e a sua capacidade de
crescer mesmo em um ambiente econômico desfavorável. Para 2017, a previsão
é de um crescimento consolidado entre 9% e 11%.
Visto
isso, o que esperar das empresas seguradoras? Será que além dos seguros
individuais, o mercado está preparado para trabalhar com mais empenho nos
seguros empresariais? Há, nessa área, um grande campo a ser trabalhado.
Imagine que dados do setor apontam que apenas 9% das empresas brasileiras têm
algum seguro atualmente. Ora, se pensarmos que hoje temos mais de 19 milhões de
empresas ativas no país, há aí um mercado interessantíssimo, correto?
Ter
um seguro pode ser vital para uma empresa independente da área de atuação,
porte ou quantidade de colaboradores. Vimos recentemente alguns casos
impressionantes. Um supermercado em São Paulo que pegou fogo e infelizmente
nada pode ser salvo. Uma universidade no Rio de Janeiro, que também sofreu um
incêndio e teve instalações danificadas. Se o prejuízo é grande nesses casos –
de empresas/instituições maiores e teoricamente com a possibilidade de
reconstrução – imagine no caso de PMEs?
Interessante,
neste aspecto, é trabalhar e disseminar a cultura do seguro empresarial. Principalmente
porque vemos, especialmente entre os donos de PMEs, uma percepção de que ter um
seguro não é algo possível ou viável para eles. Quando, na realidade,
é possível e necessário que estejam protegidos tendo, por
exemplo e minimamente, um seguro empresarial, um seguro auto (em caso de frota
própria), um seguro de responsabilidade civil e um seguro de transportes e
benefícios para retenção de talentos (como seguro de vida, saúde, odontológico
e previdência privada).
Para
sermos práticos e objetivos: existem seguros empresariais para micro negócios
que cobrem tanto os pertences da residência quanto os equipamentos da empresa
por singelos R$ 100/ano! E seguros de vida que oferecem não só a realização de
serviço funerário como também indenização mediante invalidez por acidente, uma
das maiores preocupações do brasileiro, por outros R$ 50/ano para uma pessoa de
45 anos. Será que os donos de PMEs têm consciência dessa realidade, isto é,
pode-se ter proteção do negócio a preços justos? Ou alguém, em sã consciência,
diria que estes custos não cabem no bolso da maior parte dos brasileiros?
Claro, as soluções vão variar de acordo com a área de atuação e
particularidades de cada empresa. Mas eu diria que é vital que pequenos e
médios varejistas, industriais e até artesãos (porque não?), possam ter
garantias sobre seus patrimônios, muitas vezes conquistados com todas as
economias da família. Que tal pensar no assunto?
Richard Freitas - sócio-diretor da
protect, microfranquia especializada em seguros e soluções administrativas para
PMEs, que pode ser operada home based
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