segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Conheça a dança que combate o stress, a depressão e melhora a coordenação motora



Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a feminilidade, combate o stress e a depressão, afirma professora

 


A dança do ventre é uma das danças mais antigas da humanidade e também uma das mais conhecidas em todo o mundo. Ela sempre atrai a atenção do público e tem uma legião de praticantes, porém, o que poucas pessoas sabem é que ela também traz muitos benefícios à saúde.

Segundo a coreógrafa, bailarina e professora Shalimar Mattar, que possui uma tradicional escola de dança árabe em São Paulo, os benefícios da Dança do Ventre são inúmeros, pois ela trabalha todas as partes do corpo, da ponta dos pés ao topo da cabeça, o que exige um bom trabalho postural e equilíbrio. 

A dança massageia os órgãos internos e colabora com a coordenação e agilidade. “Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a feminilidade, combate o stress e a depressão. Favorece o autoconhecimento, aumentando a autoestima e confiança pessoal”, diz.

Shalimar aborda todos benefícios no seu livro ‘Círculo Mulher’, e diz que a tradicional dança árabe vai além da arte e pode nos ajudar a envelhecer com mais felicidade, pois, de acordo com ela, “ajuda a trabalhar a feminilidade, a essência, a delicadeza e a força da mulher. O livro, por exemplo, traz sugestões de como trabalhar o equilíbrio, para que a gente possa sempre estar em sintonia com a felicidade”, conta.

Ainda, segundo a professora, qualquer pessoa que esteja em boas condições de saúde e com liberação médica, pode praticar a dança do ventre independentemente da idade. “Você pode começar em qualquer idade, desde que procure um professor gabaritado, que pode ministrar aulas para crianças e até mesmo para a terceira idade”.

Popular no Brasil

De acordo com Shalimar, a mulher brasileira tem muita afinidade com a dança do ventre por várias razões. Em primeiro lugar é porque tanto o samba quanto a dança do ventre egípcia tem como berço o continente africano. “Podemos dizer que são primas. Existem muitas semelhanças principalmente na parte percussiva, assim como o destaque para os movimentos dos quadris, a energia da dança e principalmente a valorização do estilo pessoal da dançarina, pois nestas duas modalidades o mais importante é exteriorizar sua essência”, explica.

Outro motivo é que a dança do ventre é extremamente rica e existem muitas formas de executá-la em diferentes tipos de músicas. “Temos a dança tradicional, a rotina clássica, moderna, fusões e ainda a utilização de uma série de materiais e tudo isso torna esta dança muito interessante, porque dificilmente alguém não vai se identificar com ao menos um desses diferentes estilos”, afirma.

A professora ainda explica que a essência primordial da dança do ventre vem de uma base primitiva dos povos das cavernas e ela atravessou séculos se aprimorando, modificando e enriquecendo, mas sempre mantendo o sagrado feminino como ponto primordial. “Enfim, é uma dança que seduz a todos pela sua técnica, expressividade, desenvoltura e sentimento”, conclui Shalimar Mattar.

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