A migração do consumo para o ambiente online é uma
das tendências de mercado mais fortes do nosso tempo. O vasto
"cardápio" de opções, aliado a fatores como praticidade, comodidade e
segurança, tem revolucionado os hábitos de compra, particularmente na seara do
entretenimento, na qual o avanço da tecnologia digital pode ser sentido de modo
inequívoco.
O universo do "lazer" tem sido cenário de
grandes transformações e, hoje, seja em computadores ou smartphones, é possível
adquirir ingressos para cinema, teatro, concertos, shows e eventos esportivos,
ver filmes e séries via streaming, fazer download de livros, músicas e games,
ou comprar pacotes de viagens. Não surpreende, portanto, que as empresas
recorram a estudos para compreenderem essa nova realidade.
A pedido do PayPal Brasil, por exemplo,
a BigData Corp realizou a pesquisa "Tendências do E-commerce de Entretenimento
do Brasil 2017".
Entre outras coisas, o levantamento mostrou que os homens compram a maioria dos
ingressos para eventos de entretenimento no País (63,5% das vendas), e que a
faixa dos 41 aos 50 anos responde pela maior parte dos tíquetes (31,48%).
A segunda informação é especialmente
reveladora, já que o senso comum costuma enxergar a internet como território de
gente jovem, os chamados Millennials e Centennials. Do ponto de vista de
estratégia comercial, isso significa que o e-commerce está no dia a dia de
consumidores de todas as idades, o que não pode ser ignorado pelos que atuam
nesse mercado.
Também de acordo com o estudo, as 7,5
mil lojas online de entretenimento no Brasil representam pouco mais de 1% do
total de e-commerces do País. E somente 42,85% dessas lojas têm o chamado
checkout eletrônico. Trata-se de outra grande oportunidade a ser aproveitada,
neste caso pelas empresas de meios digitais de pagamento.
Aos que ainda não se convenceram do
enorme potencial de negócios, apesar das dificuldades econômicas e da
pirataria, vale dizer que o mercado de entretenimento movimentou, segundo estudo da PwC, US$ 35 bilhões no Brasil em
2016 e deve crescer 5% ao ano em média
até 2021. E esse mercado
está cada vez mais online, à medida que as mídias físicas perdem espaço ou se
tornam obsoletas, e os consumidores são seduzidos pela segurança e a facilidade
do e-commerce.
O virtual nunca foi tão real.
Paula Paschoal - diretora geral do PayPal Brasil
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