Dores de cabeça, na lombar e no
pescoço são as mais comuns; entre as principais causas estão o esforço
repetitivo, má postura e sedentarismo
Você sente aquela “dorzinha” há mais de três meses? Se sim, vai se
identificar com a pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED),
divulgada recentemente. De acordo com o estudo, 37% dos brasileiros sofrem com
dor crônica, ou seja, a cada dez pessoas, quase quatro convivem com o problema.
A maioria são mulheres, na faixa dos 41 anos e que sentem dores tão intensas
capazes de atrapalhar atividades do dia a dia. Entre as principais dores
crônicas, estão a dor de cabeça, dores na lombar, dores cervicais (no pescoço)
e por patologia (câncer).
Ainda de acordo com o levantamento da SBED, o uso exagerado de
celulares e tabletes pode agravar o problema, principalmente entre os jovens.
De acordo com Leonardo Cezar, ortopedista e cirurgião do Hapvida Saúde, as
dores crônicas são causadas pelo esforço repetitivo, má postura, sedentarismo,
excesso de peso e, com o uso constante destes gadgets, elas podem se
potencializar ainda mais, pois prejudicam, principalmente, a
postura.
“O uso excessivo e
incorreto de celular e tablete provoca a má postura e, consequentemente, a
sobrecarga na cervical, nos membros superiores, nos dedos, na coluna lombar e
dorsal – por conta dos movimentos repetitivos –, na visão e, ainda, estimula o
sedentarismo. A partir daí, as dores crônicas começam a aparecer e aquelas já
existentes pioram ainda mais. Neste caso, o uso destes aparelhos pode causar
lesões tendinosas nos punhos, ombros e cotovelos, além de acarretar hérnias,
protrusões e desvios de coluna”, alerta o especialista.
Cezar explica que as dores crônicas se manifestam ao longo da
vida, mas é bastante comum que sejam notadas ainda na infância. As crianças que
costumam brincar muito com videogames, celulares e tabletes, por exemplo,
tendem a desenvolver algum tipo de dor crônica na fase adulta. Ainda de acordo
com o médico, é importante que essas dores sejam percebidas o mais rápido
possível para tratamento e combate de crises, já que os problemas, geralmente,
não podem ser resolvidos definitivamente.
“Uma dor persistente tem que ser avaliada por um médico.
Sentir dor não é normal e é necessário avaliar quais as causas para evitar que
uma dor casual se torne, de fato, uma dor crônica. Quando a dor vira crônica
ela já passa a ser considerada uma doença. Os tratamentos indicados para
pacientes crônicos, além da medicação, são fisioterapia, RPG, pilates e
musculação, todas sob supervisão de profissionais habilitados. Lembrando que é
sempre fundamental o acompanhamento médico em todo e qualquer tratamento”,
reforça o cirurgião ortopedista.
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