Ter
habilidades e experiências comprovadas é muito importante na hora da
contratação - mas para se destacar é preciso ir além
Um currículo bem feito e uma boa apresentação
pessoal são importantes em uma entrevista de emprego - disso, todo o mundo
sabe. Porém, em conversa com os executivos brasileiros no IT Executive Summit
2017, evento realizado pela CompTIA com 17 líderes de tecnologia, ficou claro
que outros fatores chamam a atenção na hora da contratação.
Primeiramente, um currículo bem feito não
necessariamente requer um documento recheado de conhecimentos técnicos em TI.
Por todas as possibilidades de crescimento que apresenta, a área de tecnologia
atrai muita gente - pessoas que estão trocando de ramo de atuação ou em início
de carreira. Mostrar-se aberto a novos conhecimentos
é uma postura valorizada diante desse cenário de constante mudança e
aprendizado.
Candidatos autodidatas, com sede e ansiedade de crescimento,
entusiasmam empregadores e tornam o ambiente mais vibrante.
O raciocínio lógico também é
prestigiado pelas empresas. Conhecimentos sobre soluções específicas são
importantes, claro, mas, por outro lado, isso pode ser limitador - as
plataformas propositalmente possuem diferenças, dependendo dos fabricantes.
Quem faz análises a partir de conceitos de base, então, sai na frente, por
seguir uma linha de raciocínio que se flexibiliza e permite ações assertivas
diante das situações.
E se engana quem pensa que trabalhar com TI é
estar isolado do resto da empresa, cuidando somente de tarefas feitas
remotamente. Os líderes procuram colaboradores que tenham espírito
de equipe e sejam agentes integradores. Afinal, todo mundo em
uma empresa lida com tecnologia de alguma forma (nem que seja com seu próprio
smartphone) e para arraigar uma cultura de segurança da informação na comunidade
interna de uma companhia, é preciso estar em diálogo com todos os setores.
Para que essa conversa aconteça, é preciso saber
trabalhar com o público. Pessoas com habilidade de liderança podem
constituir pontes e mover mudanças internamente, e ainda tendem ganhar projeção
para evangelizar públicos externos, de interesse da empresa.
A tecnologia se difundiu
tanto nos últimos 20 anos que todos entendem um pouco do assunto, mesmo que
como usuários. As áreas de negócio e TI traçam discussões que vão do que é
necessário (tecnologicamente) para o que é possível (financeiramente). Conhecer
modelos de negócios pode enriquecer discussões entre esses dois
universos e trazer novas soluções para a corporação.
Leonard Wadewitz
CompTIA - https://www.facebook.com/ComptiaBrasil
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