A miopia é uma causa comum de perda de
visão. A miopia não corrigida é a principal causa de distúrbios visuais
globalmente. Estudos individuais mostram variações na prevalência de miopia e
de alta miopia entre regiões e grupos étnicos
Metade
da população mundial (cerca de 5 bilhões de pessoas) será míope, em 2050, com
até um quinto deles (1 bilhão) com um risco significativamente alto de cegueira
se as tendências atuais continuarem, informa um estudo
publicado no revista Ophthalmology.
O
número de perdas de visão por miopia elevada aumentará sete vezes, entre 2.000
e 2.050. A miopia se tornará uma das principais causas de cegueira permanente
em todo o mundo.
O
rápido aumento da prevalência da miopia globalmente é atribuído a “fatores
ambientais, principalmente mudanças de estilo de vida resultantes de uma
combinação de diminuição do tempo ao ar livre e aumento das atividades próximas
do trabalho, entre outros fatores”, afirmam os autores.
“Os
achados apontam para um grande problema de saúde pública, com os autores
sugerindo que o planejamento de serviços abrangentes de atenção ocular será
necessário para gerenciar o rápido aumento de míopes elevados (um aumento de
cinco vezes em relação a 2000), juntamente com o desenvolvimento de tratamentos
para controlar a progressão da miopia e evitar que as pessoas se tornem
altamente míopes”, afirma o oftalmologista Virgílio
Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
“Também
precisamos garantir que as crianças façam um exame oftalmológico regular, de
preferência a cada ano, para que estratégias preventivas possam ser empregadas
se elas estiverem em risco. Essas estratégias podem incluir o aumento do tempo
ao ar livre e a redução do tempo gasto em atividades próximas, incluindo
dispositivos eletrônicos que exigem foco constante de perto”, diz a
oftalmologista Meibal Junqueira, que também integra o corpo clínico do IMO.
“Além
da prevenção da miopia, é importante que a população saiba que existem diversas
opções terapêuticas, tais como lentes de óculos especialmente concebidas para
tratar a miopia, lentes de contato ou intervenções com drogas, mas o aumento do
investimento em pesquisas é necessário para melhorar a eficácia e o acesso a
tais intervenções”, defende Meibal Junqueira.
IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Facebook: https://www.facebook.com/imosaudeocular
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