quarta-feira, 17 de maio de 2017

Hospitais federais têm 60 dias para adotar novo perfil de atendimento



 Prazo foi estipulado pelo ministro Ricardo Barros. Proposta é especializar as unidades, de forma a ampliar o número de cirurgia, qualificar as equipes médicas e tornar mais eficiente o atendimento da população 


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou, nesta quarta-feira (17/05), medidas para melhorar a gestão dos recursos nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro (RJ) e ampliar o atendimento da população. Em reunião com os diretores das unidades, Barros determinou prazo de 60 dias para a especialização delas, ou seja, cada hospital ficará responsável por um número determinado de procedimentos, sendo referência na área que mais atende.

A ideia é que, com a especialização, cada hospital tenha um perfil cirúrgico o que possibilitará um aumento na quantidade desses procedimentos, permitindo assim que sejam feitas compras em escala, diminuindo os custos e uma melhor qualificação das equipes. Setores com baixa produção em uma unidade serão realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população.

“Este trabalho certamente vai ser muito útil para convergir em nosso esforço de dar produtividade, eficiência e qualidade de serviço nos hospitais federais do Rio. Teremos mais cirurgias sendo realizadas e com equipes preparadas para atender esse aumento”, afirmou o ministro Ricardo Barros.

Na ocasião, o ministro também anunciou a contratação de uma consultoria com especialistas em administração hospitalar do Hospital Sírio Libanês (SP) para promover nos seis hospitais federais e nos três institutos o funcionamento em rede, possibilitando o ganho em escala e em especialização, reduzindo custos e construindo uma rede mais eficiente para a população.

“Estamos trabalhando duramente para poder melhorar a eficiência desses hospitais. Inclusive contratamos o Hospital Sirio Libanês para uma consultoria com especialistas em administração hospitalar para fazer o funcionamento de todos os seis hospitais e três institutos em rede, para que a gente tenha escala, especialização, e, com isso, custos mais baixos e mais eficientes para a população”, reforça o ministro da Saúde.

A contratação da consultoria se dará pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), que possibilita às entidades de saúde de referência assistencial participar do desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS), transferindo tecnologias de gestão e de atenção úteis para serem adaptadas pela rede pública, além de desenvolverem pesquisas de interesse do SUS.


FILA ÚNICA - Considerando a importância das nove unidades federais na rede assistencial no Rio de Janeiro, Barros reforçou a criação de uma fila única para o atendimento da população, uma demanda antiga para a organização da assistência em saúde no Estado. Pela proposta, as filas de pacientes que necessitam de cirurgia serão inseridas em na Central Única de Regulação. Esses pacientes serão assistidos pelas redes federal, estadual e municipal de saúde e demais prestadores conveniados ao SUS e, assim, poderão ser atendidos mais rapidamente. Os estados têm até o dia 10 de junho para inserir todos os pacientes que aguardam por cirurgias e exames em uma fila única.

“Nós queremos todos os cariocas em uma única fila de atendimento. Não deve um ou outro hospital fazer a cirurgia no momento em que deseja. Todos têm direito ao acesso universalizado à saúde. É muito importante esta avaliação do Cremerj (entregue ao ministro), que nos auxiliará neste novo modelo de gestão”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que complementa: “Todos os cidadãos saberão  o seu lugar na fila, por isso a importância da fila única. Todos saberão o momento da sua cirurgia e a central que distribuirá as cirurgias”, ponderou o ministro.



Agência Saúde




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