terça-feira, 23 de maio de 2017

Hora do parto



 Entenda a importância da ocitocina, hormônio do amor na conexão entre mãe e filho

Chave essencial para tornar mais forte o vínculo afetivo entre mamãe e bebê, a ocitocina, também chamada de hormônio do amor, tem seu ápice durante o trabalho de parto. A substância é produzida pelo cérebro, podendo ter sua liberação aumentada durante as situações mais íntimas como abraçar, beijar e acariciar o bebê.
Esse hormônio é responsável pelas contrações uterinas, de forma compassada, fazendo com que o colo uterino sofra dilatação evoluindo para o parto, e provoque a descida do bebê ao canal da pelve feminina, além de prevenir o sangramento da mãe.  
Alguns fatores ajudam na liberação da ocitocina, no trabalho de parto, fazendo com que o organismo comece a enviar sinais para o cérebro liberando o hormônio para todo o corpo, entre eles, promover um ambiente acolhedor e com pouca luz, privacidade, ambiente de confiança e de disponibilidade, de respeito além do estímulo dos mamilos por meio de movimentos similares ao de amamentação.
A falta deste hormônio ou excesso dele pode ser o responsável pela causa de doenças de comportamento antissocial como o autismo, por exemplo. “É importante conhecer a fisiologia do parto, inclusive para reavaliar quais intervenções são justificáveis, entendendo o fino mecanismo envolvido neste equilíbrio hormonal a fim de respeitar a fisiologia do parto, evitando consequências para o binômio mãe-filho”, afirma Dr. Alberto Guimarães, ginecologista, obstetra e defensor do parto humanizado.
  

Dr. Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra -  Defensor dos conceitos de parto humanizado, o médico encabeça a criação do Programa Parto Sem Medo, um novo modelo de assistência à parturiente onde enfatiza que o parto é um evento de máxima feminilidade e a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), atualmente exerce o cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo para o Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana.


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