Irritabilidade,
agressividade e ansiedade são sintomas comuns de pessoas que comem por apetite,
ou seja, se alimentam por necessidades emocionais e não orgânicas
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É
possível afirmar que as pessoas se alimentam por duas razões: fome ou apetite.
A compulsão alimentar extrapola estes dois fatores e acontece quando a ingestão
de comida é exagerada. Vinculada geralmente a sentimentos de ansiedade e
depressão, a compulsão alimentar é um distúrbio químico nos mecanismos da fome.
Comer sem moderação, sem vontade e com mastigação acelerada, por exemplo, podem
ser sintomas deste transtorno.
Identificar
o que o seu corpo realmente precisa pode ser fundamental para evitar a fome
emocional, como explica a nutricionista Gabriella Alves, da Corpometria. Fome é
algo orgânico, ou seja, uma real necessidade do organismo, quando o corpo
realmente precisa de energia extra. Apetite pode ser considerado algo ligado ao
psicológico e emocional. “Quando a pessoa diz que está com 'fome de fastfood',
ela não está com fome, está apenas com vontade de algo específico”,
exemplifica.
Uma
simples pergunta pode ajudar a identificar se você está com fome ou apenas
apetite: “É simples. ’Eu comeria o prato que menos gosto agora?’ Caso a
resposta seja positiva e pessoal sinta a real necessidade de se alimentar, a
fome é orgânica”, ensina Gabriella.
O
médico Theo Webert, que atua em nutrologia e em qualidade de vida, afirma que
não existem alimentos capazes de controlar a compulsão alimentar. Porém, para
evitar os episódios de consumo desenfreado de comida, a orientação é fugir dos
gatilhos que propiciam o distúrbio. “O mais importante frente a esse processo é
encontrar o ponto de equilíbrio e identificar pontos gatilhos, que geralmente
são insatisfações pessoais, recompensações com a comida, auto sabotagem e alto
nível de estresse”, descreve.
Optar por alimentos que controlam o nível de cortisol – o hormônio do stress – pode ajudar a evitar momentos de compulsão. “Ingerir oleaginosas, grãos integrais (sementes de uma forma geral) e carboidratos complexos, encontrados em frutas, legumes e verduras”, ensina Theo. É importante ressaltar que toda compulsão passa por um processo de aceitação até que a pessoa reconheça o distúrbio. “Após esse processo precisamos encontrar meios onde seja possível fazer as pazes com a comida e consigo mesmo, não a supervalorizando e não utilizando-a como escape da realidade”, finaliza o médico.
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