“Fisiologicamente a
mulher passa a maior parte da vida se preparando para ser mãe. Por volta dos 9
anos o corpo da menina começa se preparar para gerar vida. A menarca é uma
mudança radical na existência feminina. As menstruações as fazem lembrar todos
os meses disso. A menina se transforma em mulher e ao iniciar a vida sexual são
lembradas dessa capacidade. E esse ciclo segue até o climatério, quando o corpo
começa a perder a função reprodutiva e termina com a menopausa, ocasião em que
os ovários esgotaram sua fabriquinha de óvulos. Mas, muitas nessa fase,
cumpriram bravamente o exercício diário de ser mãe.
Na verdade, a
maternidade está dentro da maioria das mulheres, mesmo naquelas que não
conseguem engravidar. Chamado da natureza? Pode ser que sim. Ser mãe está além
da capacidade de gerar. É cuidar e amar aqueles que a chamam de mãe, é nascer
para uma nova vida com intensas emoções e muito mais energia. Energia para
gerar alimento e fornecê-lo a qualquer hora do dia ou da madrugada. Energia
para passar noites acordada por causa de uma febre.
Energia, para acordar e
colocar todos fora da cama num dia frio e levar para a escola, quando ainda o
sono a faria dormir um pouco mais. Energia para trabalhar um dia inteiro, fazer
o jantar, dar banho, exigir a lição de casa, fazer supermercado, levar ao
médico, num pique que dura até todos estarem deitados em suas camas. De fato,
dentro da minha profissão tenho certeza: ser mãe é função para a vida toda. A
elas o meu mais profundo respeito e admiração por esse papel de extrema doação.
Feliz Dia das Mães.”
Dra. Marisa Patriarca -
ginecologista e obstetra. Professora de ginecologia do curso de
pós-graduação da Unifesp. Tem mestrado e doutorado pela Unifesp. É médica
assistente doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em
Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do
Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (
IAMSPE).
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