quarta-feira, 24 de maio de 2017

comportamento x desempenho



Núcleo Brasileiro de Estágios investigou relação entre a conduta apresentada no ambiente de trabalho e a contribuição efetiva dada pelos colaboradores

Em tempos de crise e alta competitividade no mercado, um grande desafio para as empresas é incentivar o bom trabalho em equipe e colher frutos a curto prazo. Quando leva seus colaboradores a uma convivência séria, competente, harmoniosa e construtiva, unindo respeito e eficiência na postura de seus comandados, o gestor promove a produtividade e a organização obtém resultados promissores. Na corrida pelo sucesso profissional, vale a reflexão: o comportamento pode pesar mais que o desempenho? Essa foi a pergunta feita pelo Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, entre 17 e 28 de abril, a 26.186 estudantes (com idade na faixa de 15 a 26 anos), em todo o Brasil.

O estudo apresentou na primeira colocação, com ampla maioria, a alternativa “ambos são importantes”, com a escolha de 76,25% (19.967) dos participantes. “É indispensável a presença de competências técnicas e comportamentais para realizar as tarefas, pois só assim as mesmas terão qualidade e eficácia, com o jovem sendo proativo, amistoso e prestativo. Assim, haverá uma chance maior de atender aos prazos e às expectativas direcionadas a ele”, avalia a analista de treinamento do Nube, Greici Daniel.

Em segundo lugar, com 14,20% dos votos (3.719), ficou “sim, o comportamento é o mais valorizado pelas organizações”. “Diversos fatores serão levados em consideração no momento de promover ou efetivar um colaborador, e não necessariamente algum ponto específico, como a própria conduta. É importante observarmos o famoso conceito “CHAVE”. Conhecimento, habilidade, atitude, valores e ética são analisados no momento de contratar um colaborador e esse é um fator decisivo para identificar quem vai ou não ter a empregabilidade garantida”, acredita Greici. Na mesma linha, a especialista também faz um alerta: “o mercado está em busca de talentos, competentes e comprometidos com ideais dignos. No entanto, a receita não está no alto desempenho em determinada característica, e sim na performance alinhada à postura; esse equilíbrio determinará o crescimento de um profissional diferenciado”.

Na sequência, “depende do tipo de empresa” despontou na terceira posição. Para 1.849 votantes (7,06%), as corporações podem apresentar modos diferentes de avaliar os seus colaboradores, estabelecendo prioridades específicas. Porém, se pintar dúvida entre qual aspecto o estagiário ou o efetivo precisa se preocupar mais - se com as atitudes ou o rendimento, é válido se atentar à dica: “deve existir um diálogo permanente com o gestor, para alinhar as expectativas e entender qual é o seu papel exato, pois dessa forma terá mais condições para contribuir de maneira positiva e fazer a diferença”, acredita a analista. Greici completa: “É igualmente fundamental, claro, observar os colegas para ter mais facilidade de adaptação à rotina na empresa e às normas nela praticadas”.

Por fim, “não, o desempenho é mais importante” acabou sendo a opinião de 2,49% (651). Fazendo um balanço do estudo, Greici chama a atenção para a “balança ideal”, esperada pelo mercado de trabalho brasileiro, quanto ao tema aqui investigado. “Um jovem com bom comportamento vai agir de forma responsável, sendo pontual e esforçado, além de procurar entender a sua função dentro da organização e verificar a melhor maneira de contribuir com seus companheiros. A partir disso, agirá de forma ética, unindo maturidade, profissionalismo e talento. Com essa receita, não há mistério: a carreira bem sucedida será consequência direta”, conclui Greici.





Greici Daniel - analista de treinamento do Nube.





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