Tumores que acometem os órgãos sexuais femininos
estão cada vez mais frequentes. Apesar da alta incidência, simples atitudes
como exames e consultas regulares com ginecologistas, podem prevenir a doença e
auxiliar o diagnóstico precoce - aumentando as chances de sucesso no
tratamento.
"As pacientes com câncer ginecológico costumam
apresentar sintomas visíveis somente em estágio avançado. Nesses casos, pode
ser necessário até a retirada de parte ou de toda estrutura reprodutiva para
preservar a saúde da paciente”, explica Diocésio Andrade, oncologista do Grupo
Oncoclínicas/InORP (Instituto Oncológico de Ribeirão Preto). Por essa razão, o
acompanhamento com um especialista é o principal aliado da mulher na luta
contra a doença, pois auxilia o diagnóstico precoce e, consequentemente,
aumenta as chances de sucesso no tratamento.
De acordo com o oncologista, ao todo, são cinco
tumores que podem atingir essa região: câncer de colo do útero, endométrio,
vulva, ovário e vagina.
Câncer de colo do útero
Com desenvolvimento lento e silencioso, este tipo
de tumor atinge cerca de 530 mil mulheres por ano no mundo, sendo o terceiro
tipo de câncer mais comum entre a população feminina no Brasil. Inicialmente
esse tipo de câncer pode não apresentar sintomas, dificultando a detecção.
Quando em estágio avançado, pode apresentar quadros de sangramento vaginal fora
do período menstrual ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor
abdominal associada a problemas urinários ou intestinais.
A realização periódica do exame Papanicolau, o uso
de preservativos e a vacinação contra HPV são essenciais para prevenção e
diagnóstico precoce da doença, além de aumentar as chances de cura.
Câncer de endométrio
Este tipo de câncer atinge o revestimento interno
do útero, sendo a maioria diagnosticada em mulheres com idade acima de 55 anos.
Os sintomas mais comuns são sangramento anormal – até mesmo durante a menopausa
–, secreção aquosa ou com sangue muito claro, dor pélvica e dor durante a
relação sexual.
Câncer de vulva
Coceiras crônicas e surgimento de úlceras, feridas
ou gânglios podem ser sinais de câncer de vulva. A doença pode estar
relacionada à infecção pelo vírus HPV ou evoluir a partir da coceira crônica
causada por alterações na pele da vulva.
Câncer do ovário
Este tipo é um dos que apresentam maior dificuldade
de detecção: cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão são diagnosticados em
estágio avançado, segundo dados do Inca. Grande parte dos tumores de ovário são
carcinomas epiteliais (tem início nas células da superfície do órgão) ou de
células germinativas (que dão origem aos ovócitos).
Câncer de vagina
O câncer de vagina é o tumor ginecológico mais
raro: representando menos de 1%. Os principais sintomas são sangramento e
corrimento vaginal anormais, massa palpável e dor durante a relação sexual.
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