terça-feira, 7 de março de 2017

Saúde feminina ainda tem temas tabus



Um deles é o rejuvenescimento íntimo, que pode auxiliar no tratamento de problemas como incontinência urinária

 

 

Apesar de tantos avanços, alguns assuntos relacionados à saúde da mulher ainda são encarados como tabus, seja por vergonha ou mesmo por falta de informação. O rejuvenescimento íntimo é um ótimo exemplo.

 

Para começar, engana-se quem pensa que o assunto é meramente estético. Problemas como incontinência urinária, atrofia e secura vaginal são consequências da atrofia urogenital e podem ser tratados com a tecnologia a laser específica para aplicação em mucosas.

 

A Dra. Christiana Blattner, explica que, por ser aplicado dentro da mucosa vaginal, o laser genital funciona como outros tipos de laser para rejuvenescimento. “Provocando o aquecimento e contração da mucosa, o laser estimula o colágeno, aumentando a lubrificação vaginal. Utilizamos uma ponteira específica para esta região do corpo e as sessões são bastante rápidas, sem efeitos colaterais e sem dores, feitas no próprio consultório”, diz a dermatologista, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).

 

“Dermatologistas tratam a pele e a mucosa, então é natural tratar também a mucosa vaginal”, comenta a médica. Segundo ela, apesar de ser pouco conhecida da maioria das mulheres, a atrofia urogenital é um quadro bastante comum a partir da menopausa, com sintomas que podem ser bastante incômodos. “Além de causar o afinamento da parede vaginal, aumento do pH e perda da elasticidade, provoca secura vaginal, dor e até sangramento na relação sexual, irritação vaginal, dores ao urinar, perda urinária”, completa a Dra. Christiana Blattner.

“A ação do laser, que para esse procedimento é do tipo erbium:yag, faz com que os tecidos e células sejam revitalizados e fiquem firmes; daí o termo rejuvenescimento íntimo. Além disso, ajuda a dar maior apoio para a bexiga, normalizando a incontinência urinária. O laser também pode ser usado na parte externa da vagina, melhorando a flacidez local”, acrescenta a médica dermatologista, que também é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia .

O tratamento normalmente é feito em quatro sessões de cerca de 20 minutos, podendo ser prolongado de acordo com o critério médico. “Mulheres que não se sentem confortáveis com a aparência da região íntima, em casos de hipertrofia dos pequenos lábios, por exemplo, pós-episiotomia ou outras cirurgias, podem conversar com o médico para saber se há indicação do laser genital para o tratamento. Há uma clara melhora na qualidade de vida das mulheres, com significativos efeitos sobre sua autoestima e, em muitos casos, consequentemente melhora na vida sexual”, comenta Dra. Christiana Blattner.






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