Um
deles é o rejuvenescimento íntimo, que pode auxiliar no tratamento de problemas
como incontinência urinária
Apesar de tantos avanços, alguns assuntos relacionados à saúde da mulher ainda são encarados como tabus, seja por vergonha ou mesmo por falta de informação. O rejuvenescimento íntimo é um ótimo exemplo.
Para começar, engana-se quem pensa que o assunto é meramente estético. Problemas como incontinência urinária, atrofia e secura vaginal são consequências da atrofia urogenital e podem ser tratados com a tecnologia a laser específica para aplicação em mucosas.
A Dra. Christiana Blattner, explica que, por ser aplicado dentro da mucosa vaginal, o laser genital funciona como outros tipos de laser para rejuvenescimento. “Provocando o aquecimento e contração da mucosa, o laser estimula o colágeno, aumentando a lubrificação vaginal. Utilizamos uma ponteira específica para esta região do corpo e as sessões são bastante rápidas, sem efeitos colaterais e sem dores, feitas no próprio consultório”, diz a dermatologista, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
“Dermatologistas tratam a pele e a
mucosa, então é natural tratar também a mucosa vaginal”, comenta a médica.
Segundo ela, apesar de ser pouco conhecida da maioria das mulheres, a atrofia
urogenital é um quadro bastante comum a partir da menopausa, com sintomas que podem ser bastante
incômodos. “Além de causar o afinamento da parede vaginal, aumento do pH e
perda da elasticidade, provoca secura vaginal, dor e até sangramento na relação
sexual, irritação vaginal, dores ao urinar, perda urinária”, completa a Dra. Christiana
Blattner.
“A ação do laser, que para esse
procedimento é do tipo erbium:yag, faz com que os tecidos e células sejam
revitalizados e fiquem firmes; daí o termo rejuvenescimento íntimo. Além disso,
ajuda a dar maior apoio para a bexiga, normalizando a incontinência urinária. O
laser também pode ser usado na parte externa da vagina, melhorando a flacidez
local”, acrescenta a médica dermatologista, que também é membro efetivo da
Sociedade Brasileira de Dermatologia .
O tratamento normalmente é feito em quatro
sessões de cerca de 20 minutos, podendo ser prolongado de acordo com o critério
médico. “Mulheres que não se sentem confortáveis com a aparência da região
íntima, em casos de hipertrofia dos pequenos lábios, por exemplo,
pós-episiotomia ou outras cirurgias, podem conversar com o médico para saber se
há indicação do laser genital para o tratamento. Há uma clara melhora na
qualidade de vida das mulheres, com significativos efeitos sobre sua autoestima
e, em muitos casos, consequentemente melhora na vida sexual”, comenta Dra.
Christiana Blattner.
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