Para aproveitar o verão, é preciso alguns cuidados
com a pele. Afinal, o protetor solar, usado de forma isolada, não faz milagre.
“Ele bloqueia os raios ultravioletas, mas não basta. Algumas pessoas podem
fazer o seu uso de forma incorreta e desta forma, não alcançam a proteção
adequada”, afirma a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos,
Márcia Grieco.
Segundo a especialista, o protetor deve ser
aplicado em quantidade generosa, sendo uma colher de sobremesa para cada área
do corpo e reaplicado a cada duas horas e sempre que sair do mar ou da piscina,
mesmo para os resistentes à água. Já os protetores em spray são ideais,
principalmente, para áreas com pelo, como couro cabeludo e pernas de homem,
mas, se não forem bem aplicados podem deixar as áreas desprotegidas. Também é
importante atentar ao horário de exposição ao sol, que deve ser até às 11h00 e
após as 16h00 e 17h00.
Os produtos devem ser adequados ao tipo de pele.
Para adolescentes e adultos jovens que costumam ter pele oleosa, o mais
indicado é o uso de protetor à base de gel, fluidos ou oil free, que são menos
gordurosos e não comedogênicos, que não bloqueiam os poros, evitam a produção
de óleo na pele e a formação de acnes. Mulheres na menopausa podem usar em
formato de creme, pois a pele é mais seca. Para quem tem melasma (manchas
escuras na pele ocasionadas pela exposição solar) ou manchas por alterações
hormonais na gravidez ou uso de anticoncepcionais devem usar protetores com
fator mais alto, e, se possível, também se proteger com chapéu, boné, óculos.
De acordo com Marcia Grieco, o protetor solar com
cor, usado como base para o rosto, protege mais do que os comuns, pois seu
pigmento funciona como uma barreira contra os raios solares, além de esconder
manchas e imperfeições da pele. Mas, não ache que, por isso, pode usar
maquiagem na praia. “Nunca vá para a praia ou piscina com algum tipo de
cosmético, seja batom ou perfume, pois pode causar uma reação alérgica”,
explica a especialista.
Para crianças de até seis anos, prefira filtros
solares em cremes ou em loções com dióxido de titânio, que pode ser usado sem
risco de toxicidade. “Também recomendo roupas com FPS 50, que protegem da
radiação ultravioleta, sendo necessário apenas aplicar o protetor nas regiões
expostas ao sol”, explica. Feitas de tecidos especiais quimicamente tratados
com componentes fotoprotetores, as roupas são leves, não incomodam e podem ter
alta durabilidade, conforme cuidados indicados por cada fabricante.
“O
mais importante para qualquer tipo de protetor solar é estar atento ao rótulo,
checar se tem FPS acima de 30 e se possui selo de qualidade atestado pela
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ou pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), pois significa que foram testados e aprovados
para o uso”, alerta a médica.
A
especialista ainda afirma que, após o banho, é importante passar hidratante ou
óleo corporal à base de ureia e ceramidas, para que o bronzeado fique com uma
cor mais bonita e duradoura. Para queimaduras e vermelhidões, são indicados
produtos pós-sol, águas termais, cremes calmantes ou chá de camomila frio, que
aliviam e refrescam a pele. Em casos mais graves, quando a pessoa sente muitas
dores, calafrios, calor excessivo no local ou tem febre e formação de bolhas é
preciso procurar um médico, pois é sinal de insolação e queimaduras mais
profundas.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua
Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
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