O encerramento de um ciclo, seja ele a
conclusão de um curso, uma mudança no estado civil, a data de aniversário ou
mesmo se recuperar de uma doença grave, geralmente nos coloca frente a
oportunidades de reflexão sobre onde estamos e para onde queremos ir. Apesar de
ser apenas mais um dia na dinâmica da vida, um novo ano pode representar a
oportunidade que buscávamos para resgatar algum sonho ou revermos objetivos.
Para aqueles que se dispõem a planejar os
passos para o novo período que se apresenta, este é o momento de firmar seus
objetivos e definir metas. Mas qual a diferença entre uma coisa e outra?
Basicamente, metas são objetivos identificados no tempo e quantificados numa
unidade de medida.
Casos típicos de objetivos idealizados pelas
pessoas no início de ano são perder peso, praticar uma atividade física, estar
mais próximo dos amigos e por aí segue uma longa lista. Contudo, eles só se
tornam metas quando os quantificamos no tempo. Em outras palavras, perder cinco
quilos em seis meses, ir à academia três vezes por semana, reservar a agenda de
almoço das quartas-feiras para encontrar um amigo a cada semana e assim por
diante. Estas são metas que podem ser observadas, medidas e corrigidas ao longo
do ano. Sem estas definições, os objetivos continuam perdidos no tempo e a
nossa capacidade de realizá-los fica mais distante. E mesmo que tenhamos
executado parte destas coisas, pode ficar a sensação de que poderia ter sido
melhor.
Ao quantificar o evento e identificá-lo no
tempo, de forma factível, passamos a ter como avaliar a nossa efetividade na
execução dos objetivos. E é impressionante perceber como isto traz
tranquilidade às pessoas ao longo do período de execução.
No caso da carreira, o processo é exatamente
o mesmo. Para que eu possa seguir adiante no meu sonho de chegar a um
determinado objetivo, devo estabelecer metas associadas a cada aspecto
relacionado a este objetivo e seguir realizando as tarefas que suportarão o seu
cumprimento.
Caso queira estabelecer um novo negócio,
defina um “Plano de Negócio” com especificações claras de proposta de valor,
potenciais clientes e como chegar até eles, estrutura requerida de custos,
receitas esperadas, diferenciais da oferta (afinal, por qual razão comprarão o
meu produto ou serviço?), fluxo de caixa do primeiro ano, investimentos
requeridos, lembrando que os investimentos são diversos, do financeiro ao
intelectual. E, principalmente, os indicadores de acompanhamento do plano.
Procure pesquisar todos os aspectos
relacionados à sua oferta e busque o apoio de profissionais especializados na
orientação sobre aspectos estratégicos, táticos e operacionais.
Há os que deixam a vida lhes levar, com diz o
famoso samba. Também é válido, mas deixar a vida nos levar exige que não
tenhamos desejos nem objetivos. Neste caso, sigamos a esmo e vejamos o que pode
acontecer. Deve ser divertido, também.
Mas caso você tenha sonhos sobre onde estar
no futuro e queira se colocar em movimento em busca destes sonhos, defina seus
objetivos e busque força e coragem para promover as mudanças necessárias. Ainda
não criaram nada melhor que investir em planejamento.
Busque o apoio necessário para realizar seus
objetivos e tenha um bom novo ciclo!
Edson Moraes é
sócio do Espaço Meio - Executive Coach desde 2014 e Consultor
(Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre
1982 e 2003. Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do
Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. É Master em Project Management pela
George Washington University. Participou de programas de educação
executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São Paulo
e Fundação Getúlio Vargas). Formado em Comunicação Social – Jornalismo
pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração formado pelo IBGC, Coach pelo
Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF. Articulista e palestrante nas
áreas de Governança, Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos.
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