terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Jovem brasileiro gosta de comprar, mas leva o que não precisa e se arrepende – como lidar?




Para 86% dos jovens brasileiros, comprar o que deseja é uma das grandes alegrias da vida, mas 77% já se arrependeram por levar algo que não precisava, segundo pesquisa da SPC Brasil e CNDL. O conflito entre aproveitar a vida intensamente e se planejar para o futuro é comum nessa fase, mas é possível curtir bons momentos sem se endividar e garantir sua independência financeira. 

Carro e moto (35%), viagens (26%), faculdade (22%, sendo 26% entre as classes C, D e E) e celular ou smartphone (18%) são itens que os jovens brasileiros desejam comprar, mas não podem por falta de crédito. Pensando nisso, é importante que, desde cedo, busquem se educar financeiramente para conquistar o que deseja. 

O jovem vive um momento de mudanças e descobertas; de agito na vida social – com amigos, namoros e família; de consumo exagerado de tudo que o iguale ou o destaque do grupo; do dilema da escolha de uma profissão e do ingresso no primeiro emprego. 

Em praticamente todas essas situações, o jovem se depara com a inexperiência de administrar seu dinheiro e é isto que se deve combater. É verdade que a falta de educação financeira atinge todos os públicos, porém, recentes pesquisas mostram que tem aumentado o índice de endividamento e inadimplência entre o público jovem. 

Alguns já se endividam desde o primeiro salário, por pura falta de orientação sobre como lidar com dinheiro, cartão de crédito, cheque, limite do especial, crediário entre outros. Em alguns casos, o consumismo gera comportamentos inadequados, como brigar com parentes pela forma como gastam seu dinheiro (no caso de 23% dos entrevistados) e deixar de pagar contas para adquirir um item desejado (19%), ainda de acordo com a pesquisa. 

Os jovens devem perceber que não é preciso abrir mão dos sonhos para consumir com responsabilidade e viver sem dívidas. Ao contrário, o correto é estabelecer pelos menos três sonhos de consumo, de curto prazo (até um ano), médio (até 5 anos) e longo (prazo acima de 5 anos). Em seguida, planejar a realização sabendo quanto custam e o quanto se deve reservar por mês para realizá-los no tempo pretendido.





Reinaldo Domingos - doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Diário dos Sonhos e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.




Nenhum comentário:

Postar um comentário