Pesquisa
mostra que o uso de óculos melhora o rendimento escolar. Saiba como identificar
problemas de visão em crianças.
A volta às aulas pede mais atenção com a visão das crianças.
Isso porque, de acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto
Penido Burnier em Campinas, uma pesquisa
com pais e professores de 36 mil alunos da rede pública de ensino que receberem
óculos durante programa social desenvolvido pelo hospital, comprova a
influência da visão no desempenho
escolar. Os resultados mostram que depois de um ano para os professores 50% dos
estudantes tiveram melhora no rendimento escolar, a concentração de 57%
aumentou e 38,2% ficaram menos agitados.
Para os pais, 88% das crianças passaram a ter mais
concentração e interesse pelo estudo, todos
os que sentiam dor de cabeça pararam de se queixar e 91% começaram realizar tarefas que antes não conseguiam.
Triagem online pode
reduzir repetência
O problema é que no Brasil 8 em cada 10 crianças em idade
pré-escolar nunca foram ao oftalmologista e 30% têm algum vício de
refração de acordo com o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).
Para Queiroz Neto isso explica a repetência de 11,4% entre alunos do primeiro
grau, encontrada na última PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar)
realizada pelo IBGE. A pesquisa também mostra que na região Norte a repetência
atinge 16,3% e no Nordeste 16,9%.
Como se não bastasse, para a OMS (Organização Mundial da
Saúde) a falta de óculos é a maior causa da deficiência visual no Brasil.
Segundo Queiroz Neto não quer dizer que
o grau aumenta quando a criança deixa de usar os óculos. Entretanto,
explica, a visão desfocada (astigmatismo), dificuldade
moderada de enxergar à distância (miopia) ou
próximo (hipermetropia), já é suficiente para atrapalhar o aprendizado.
Por isso, o hospital disponibiliza um
aplicativo autoexplicativo para triagem visual das crianças no site - www.penidobuernier.com.br. O médico
afirma que a ferramenta não substitui a
consulta, mas indica quando é necessário passar por exame com um especialista.
Prevenção da cegueira
monocular
Nossos olhos se desenvolvem até a idade de 8 anos. Neste
período, qualquer bloqueio visual, como o estrabismo ou olho torto, faz com que
a criança utilize mais o olho de melhor visão, podendo comprometer o
desenvolvimento do outro. Para resolver este problema que é conhecido com
ambliopia ou “olho preguiçoso”, explica, é necessário fazer a oclusão do olho
de melhor visão para estimular o o outro antes do desenvolvimento completo do
sistema ocular. É por isso, comenta, que
o primeiro exame de vista deve ser feito aos 3 anos de idade.
Sinais de problemas
O médico
afirma que a criança não sabe se enxerga
bem. Por isso, lista dicas para os pais
identificarem problemas de visão.
Até os
dois anos, afirma que os sinais de alerta são olhos lacrimejantes, pupila
muito grande, acinzentada, com reflexo ou opaca, desinteresse pelo espaço e
pessoas.
A partir dos 3 anos, tombar a cabeça para o lado, olhos
desviados para dentro ou para fora, esfregar os olhos com frequência.
Sinais de problemas
O médico
afirma que a criança não sabe se enxerga
bem. Por isso, lista dicas para os pais
identificarem problemas de visão. Até os
dois anos afirma que os sinais de alerta são olhos lacrimejantes, pupila
muito grande, acinzentada, com reflexo ou opaca, desinteresse pelo espaço e
pessoas.
A partir dos 3 anos, tombar a cabeça para o lado, olhos
desviados para dentro ou para fora, esfregar os olhos com frequência.
No início da fase escolar, o hábito de coçar os olhos após ver
muito tempo de TV ou videogame, dor de cabeça e nos olhos frequentes, aproximar
ou afastar muito o rosto do caderno, reclamar de dificuldade para enxergar a
lousa, baixo rendimento escolar e desinteresse pelos estudos.
No início da fase escolar, o hábito de coçar os olhos após ver
muito tempo de TV ou videogame, dor de cabeça e nos olhos frequentes, aproximar
ou afastar muito o rosto do caderno, reclamar de dificuldade para enxergar a lousa,
baixo rendimento escolar e desinteresse pelos estudos.
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