domingo, 29 de janeiro de 2017

É possível equilibrar trabalho e viagens de lazer




A internet e as ferramentas que a partir dela surgiram simplificaram a missão de quem deseja cuidar do próprio negócio em qualquer lugar do mundo.


Pense bem: do que adianta ser dono do próprio negócio se a dedicação total ao empreendimento te impede de aproveitar a vida? Não é justamente para ter mais independência, que muitas pessoas decidem largar um emprego convencional, estável, mas com horários fixos e rígidos? O empreendedor digital e idealizador dos sites Empreendedor Digital e Férias Sem Fim, Bruno Picinini, acredita que sim, atualmente, muito em razão da Internet, é possível cuidar bem do negócio, tornar-se um empreendedor de sucesso, e não deixar em segundo plano os momentos de lazer, como viagens. Inclusive o próprio empreendedor e especialista em negócios online faz isso: mantém sua dedicação ao trabalho ao mesmo tempo que viaja o mundo.

Para tornar mais fácil a tarefa de equilibrar o lazer e o trabalho, Picinini recomenda que o empresário separe suas ações voltadas aos negócios em duas partes: manutenção e produção. “Eu, por exemplo, procuro sempre me programar para não ter nenhum projeto novo sendo lançado quando estou viajando a lazer. Nestes momentos, faço apenas tarefas de manutenção, que não ocupam tanto o meu tempo”, relata. Posteriormente, quando volta da viagem, ou quando já se estabeleceu melhor em algum lugar, Picinini volta a sua atenção para a execução de projetos.

Outros cuidados precisam ser tomados para que o lazer não atrapalhe o trabalho, como manter o negócio bem estruturado, otimizado e com uma boa equipe para responder a qualquer problema eventual. Conforme Picinini, se o empreendedor já trabalha com otimização e melhoria constante, ele tende a identificar mais facilmente os gargalos, corrigindo-os com mais rapidez. Otimização contínua “ajuda muito na hora de automatizar e escalar o negócio, independentemente de quanto o empreendedor em si trabalha”, afirma.

Além disso, a internet e as ferramentas que a partir dela surgiram simplificaram a missão de quem deseja cuidar do próprio negócio em qualquer lugar do mundo. Picinini elenca uma série de softwares (muitos gratuitos) que são uma mão na roda para empreendedores que viajam o mundo. São eles: Gmail, ferramenta fácil de usar para todas as necessidades de e-mails; Helpscout, cujo objetivo é profissionalizar seu e-mail com tickets para um negócio; Trello, ferramenta de gerenciamento na nuvem; Slack, que possibilita conversa e gerenciamento de maneira simplificada; Skype, que permite comunicação instantânea e ligações; Wunderlist, que propicia gerenciamento de tarefas versátil e multiplataforma; e Wordpress, programa de criação e gerenciamento de sites.

Claro que, mesmo com toda a tecnologia e cuidados, alguns tipos de empreendimentos digitais são mais propícios a serem gerenciados sem a necessidade de um lugar fixo do que outros. O negócio online que venda produtos digitais é um exemplo. “Porque não precisa de estoque e nem nada que obrigue a pessoa a estar em certo local para fazer o negócio funcionar. Ele é realmente 100% online” explica Picinini, esclarecendo que, com produtos físicos, isso ainda assim seria possível, mas a tarefa ficaria mais difícil, exigindo dedicação maior.

O empreendedor digital faz questão de destacar a importância de lazer e trabalho caminharem juntos. Nesse sentido, ele conta que marca tanto compromissos de trabalho como de lazer, considerando ambos verdadeiros compromissos. “Muitos só fazem isso quando se trata de trabalho. Se aparece uma urgência e precisam cancelar os compromissos de lazer, assim o fazem imediatamente”, diz. Picinini não considera isso uma atitude correta, pois cria um “péssimo hábito” de sacrificar a qualidade de vida pela urgência relacionado ao empreendimento. “E no final, esse sacrifício afeta o resultado do negócio em longo prazo”, enfatiza Picinini.






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