Carlos Alberto Pastore,
cardiologista do Hospital CEMA, explica a diferença entre colesterol bom e ruim
e como cuidar da saúde em 2017
O ano começou e está na hora de cumprir a promessa de
cuidar mais da saúde. Para ajudar a tirar a meta do papel, o Dr Carlos Alberto
Pastore, diretor da Clínica de Cardiologia do Hospital CEMA, lembra que a atividade
física e uma dieta com mais fibras e menos gorduras saturadas pode reduzir
entre 10% a 15% os níveis de colesterol e de 15% a 20% os de triglicerídeos.
O colesterol é um composto químico
gorduroso, que integra a membrana das células do organismo. A maior parte é
sintetizada no fígado e transportada no sangue por proteínas especiais, as
“lipoproteínas”, encarregadas da distribuição deste colesterol por todas as
células do corpo. As mais importantes são o LDL e o HDL e seus níveis são
indicadores importantes para a saúde cardíaca.
O LDL-colesterol está associado ao
risco de desenvolver a doença coronariana e, por isso, ficou popularmente
conhecido como colesterol ruim. “O colesterol é um componente fundamental
para a integridade das células e para a produção de hormônios. Seu excesso na
circulação, entretanto, pode ser danoso ao organismo”, explica o Dr. Pastore.
Já as HDL lipoproteínas removem o colesterol da parede das artérias, levando-o
de volta ao fígado. Quanto maior sua concentração no sangue, maior a proteção
conferida contra o excesso de colesterol e a doença aterosclerótica, que pode
levar à isquemia do músculo cardíaco e ao infarto, diz o médico do CEMA.
Para se proteger, o primeiro passo é
agendar uma consulta de check-up com o cardiologista. Ele vai avaliar os níveis
de colesterol e triglicérides na corrente sanguínea e indicar se é necessário
iniciar um tratamento, caso esses níveis estejam elevados, considerando também
alguns fatores de risco como:
• Fumo;
• Pressão alta;
• Diabetes;
• Obesidade;
• Idade: homens acima de 45 anos e
mulheres acima de 55 anos;
• Sexo masculino em geral;
• História de doença coronariana nos
familiares próximos;
O Dr.
Pastore lembra que a chance de desenvolver doença do coração aumenta
proporcionalmente ao aumento do colesterol. Estudos clínicos demonstraram que a
queda de um ponto percentual nos níveis de colesterol associa-se com uma queda
de dois pontos percentuais (o dobro!) no risco de ataque cardíaco.
Recentemente, os estudos demonstraram que o tratamento agressivo do colesterol
alto com medicamentos e dieta reduziu significativamente o risco de morte
decorrente de aterosclerose coronariana, além de melhorar a sobrevida dos
pacientes.
Instituto CEMA
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