segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

DENGUE EM ANIMAIS: ELES ESTÃO IMUNES?



Saiba como a dengue em animais pode ser uma doença perigosa


Em tempos de menções constante ao Aedes aegypti, é comum surgirem dúvidas sobre as formas de cuidados com o ataque de insetos em nossas casas afirmam os profissionais do Vet Quality Centro Veterinário 24h. No meio dessa preocupação, prezamos pela saúde daqueles que convivem conosco e isso inclui também os animais domésticos. Sendo parte da família, os bichinhos de estimação também merecem a devida atenção. Saiba agora se o mosquito representa perigo ao seu cachorro ou gato e previna-se da dengue em animais.


Os animais são imunes ao Aedes aegypti?

Não. Sabe-se que o mosquito aedes aegypti tem preferência pelo sangue humano porque é atraído por uma proteína específica. Ainda assim, ele pode picar animais domésticos e silvestres e transmitir doenças que não têm qualquer relação com a dengue, chikungunya ou zica vírus. Dessa forma, ao contrário do que podem pensar, os animais não estão imunes aos problemas de saúde trazidos pelo inseto.


Quais os perigos da dengue em animais?

O aedes aegypti pode ser o causador de uma doença grave que acomete gatos e cães e que pode levar à morte. Na verdade, os problemas se diferem, não se trata de dengue em animais, mas sim, da dirofilariose, também conhecida como verme do coração, já que é nesse órgão que o problema se instala. Em épocas e locais com grande foco de mosquito da dengue, a doença tem maior incidência e se soma aos casos em que é transmitida por pernilongos comuns, por isso a importância de se manter um controle preventivo do mosquito durante todo o ano.


Transmissão e características da doença

Após a picada, esse parasita – verme em forma de novelo – segue pela corrente sanguínea do animal e se instala no coração para ali começar a se alimentar e desenvolver. Dependendo do tempo e da gravidade do caso, o bichinho infectado pode abrigar um parasita de até 35 centímetros de comprimento no coração, além de outras larvas que irão se alimentar da proteína do sangue e outros nutrientes do animal. Os sintomas da dirofilariose aparecem em forma de tosse, cansaço, desânimo, abdômen dilatado e edema pulmonar.


Tratamento da dirofilariose

A cura da dirofilariose ou dengue em animais, é feita por meio de um medicamento que se hospeda nas artérias do coração e pulmão, para matar o verme. Nesse tratamento, o risco do animal ter alguma artéria ou capilar entupidos pelo medicamento existe, o que pode levar à embolia pulmonar e até infarto. Mesmo sendo de alto risco, o tratamento deve ser feito, já que o parasita cresce com rapidez e é fatal para o animal doente.


Como prevenir o problema

Por ser um dos vetores da doença, o aedes aegypti deve ser combatido em qualquer ambiente doméstico.

Para proteger os bichinhos que ficam dentro de casa, invista em telas nas janelas e aplique inseticidas nas áreas externas.

Os potinhos de comida e água devem ser sempre higienizados com uma bucha para não virarem criadouros de larvas.

Pelo menos duas vezes na semana faça a limpeza e, mesmo que o animal não beba todo o volume de água colocado no bebedouro, o ideal é que o conteúdo seja renovado diariamente com água limpa.

Para os cães, existem produtos inseticidas específicos para aplicação direta no pelo e que podem ajudar na prevenção da doença. Também podem ser usadas coleiras com produto repelente. Em regiões endêmicas da dirofilariose, o ideal é que se faça uso de um medicamento vermífugo de aplicação mensal. Ao entrar na corrente sanguínea do animal, o parasita não consegue chegar ao coração e morre em contato com o medicamento. Independentemente do método utilizado, sempre consulte uma clínica veterinária para saber qual das opções é a melhor para o seu pet.





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