segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Cuidados no verão: conheça os sinais e sintomas do câncer de pele



 Dermatologista do Seconci-SP ressalta a importância da prevenção e do uso frequente de protetor solar 


O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, 135 mil novos casos de câncer e o de pele responde por 25% de todos os diagnósticos no Brasil. “A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença”, afirma a dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Jussara Gasparotto.

De acordo com a médica, a doença é definida como o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. “Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os tipos de câncer”, relata a dra. Jussara. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores e, além de ser transmitida pelos raios solares, também está presente em câmaras de bronzeamento.

“Quem deve mais se prevenir, pois possuem maior risco de desenvolver o câncer de pele, são as pessoas de pele clara, as que têm histórico familiar da doença, as que têm muitas pintas e as que ficam muito expostas ao sol”, explica a médica.

Conheça os tipos de câncer de pele:


Carcinoma basocelular (CBC) – mais comum entre os cânceres, surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme. Tem baixa letalidade e pode ser curado com diagnóstico precoce. Surge com maior frequência em regiões mais expostas ao sol, como rosto, nariz, pescoço, orelhas e couro cabeludo.


Carcinoma espinocelular (CEC) – manifesta-se nas células escamosas, que constituem a camada espinhosa, que é a maior camada da epiderme. É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. A pele normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda da elasticidade. “O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Alguns casos da doença estão associados a uso de drogas como as anti-rejeição em transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação”, explica Jussara.

De acordo com a especialista, normalmente tem coloração avermelhada e se apresenta na forma de machucados ou feridas espessas e descamativas, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. É mais comum na terceira idade.


Melanoma – é o tipo menos frequente e tem origem nos melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Em geral, tem aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou preto. Pode aparecer em qualquer idade. “Com o diagnóstico precoce, tem 90% de chance de cura”, diz a médica.

A dermatologista explica que, em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve nas camadas mais superficiais da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. “Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de metástase e diminui as possibilidades de cura”, afirma.


Recomendações

-  Observar regularmente a própria pele. Em caso de sinais, pintas, manchas ou feridas suspeitas, procure sempre um dermatologista;

-  Evite exposição excessiva ao sol entre 10 horas e 16 horas;

-  Use filtro solar com proteção adequada ao seu tipo de pele (recomenda-se FPS  30, no mínimo). É aconselhável reaplicar o produto a cada duas horas. Passe primeiro o filtro, depois o repelente aos mosquitos;

-  Use chapéus e camisetas;

- Na praia ou na piscina, usar barracas de lona ou algodão, que absorvem 50% da radiação ultravioleta.




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