Psiquiatra
da BP explica que é muito importante diferenciar os sintomas entre a doença e o
estado passageiro de tristeza, especialmente quando o paciente está internado
Final de ano
costuma ser época de balanço e período em que os níveis de ansiedade aumentam,
especialmente se a pessoa está passando por algum tipo de perda ou problema de
saúde. Alguns indivíduos ficam profundamente tristes, melancólicos, angustiados,
preferindo o isolamento ao convívio com amigos e familiares.
Ao contrário
do que muitos pensam, essas pessoas não estão necessariamente deprimidas. Elas
podem apenas estar sofrendo de "Christmas blues", ou seja, uma
tristeza temporária e mais ligada ao estresse gerado por situações como
relações conflituosas com familiares, solidão, dificuldades financeiras frente
a pressão por consumo nessa época do ano e até pela correria com os
preparativos para as festas.
"É muito
comum confundir os sintomas da Christmas blues com os da depressão, que
é um transtorno mental caracterizado por um conjunto de sintomas, que podem ou
não incluir a tristeza. Só o diagnóstico clínico, feito por um profissional
especializado, pode diferenciá-las", explica Andrea Mazzoleni, psiquiatra
da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A psiquiatra
diz que enquanto os sintomas da "Christmas blues" costumam
desaparecer em poucos dias, os da depressão permanecem por mais tempo e causam
impacto significativo à vida da pessoa, mesmo quando não é possível identificar
um desencadeante claro.
"Além da
tristeza profunda e da anedonia, que é a falta de interesse ou a perda da
capacidade de sentir prazer, a pessoa deprimida apresenta como sintomas associados
a falta ou o excesso de apetite, o aumento ou diminuição de sono,
irritabilidade, dificuldades de concentração, dores de corpo, sentimento de
culpa, baixa autoestima e até desejo de morrer", esclarece Andrea
Mazzoleni.
Por ser uma
doença crônica e incapacitante, o tipo de tratamento dependerá da intensidade,
duração e grau (leve, moderado ou grave) da depressão.
"Em
ambiente hospitalar é comum além do suporte psicológico, introduzirmos algum
tipo de medicação para ajudar o paciente a sair da crise. Mas, se o grau de
depressão for leve, na maioria dos casos, a psicoterapia é suficiente",
finaliza Andrea Mazzoleni.
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