Zora
Viana, coach de excelência e orientadora profissional da Atitude Emocional,
fala sobre o hábito de procrastinar, como ele pode afetar o dia a dia e dá
algumas dicas essenciais para evitá-lo e atingir metas
No decorrer do dia é comum nos depararmos com diversas
funções a serem desempenhadas e surge a sensação de que não há tempo hábil para
a conclusão de todas. A tendência é de que sejam deixadas de lado aquelas que
julgamos menos interessantes, em prol de outras que pareçam mais atrativas. A
essa capacidade de “deixar para depois” certas tarefas, é dado o nome de
procrastinação. É importante estar atento aos hábitos diários para saber
identificar se tal atitude não está se tornando rotineira e prejudicando bom desenvolvimento
das relações em todas as esferas da vida.
Segundo um estudo recente realizado
pelo departamento de Psicologia e Neurociência da Universidade do Colorado, nos
Estados Unidos, a procrastinação pode sofrer influências genéticas, mas não é
um fatalismo e sim uma predisposição. A análise foi realizada por meio de
comparações gênicas e ambientais entre irmãos gêmeos. “O indivíduo não está
condenado a ser um procrastinador, são seus hábitos que irão favorecer isso
também. Mesmo que ele seja predisposto geneticamente à essa condição, a mudança
de suas atitudes já será capaz de contribuir para reverter positivamente suas
atitudes”, afirma Zora Viana, diretora executiva da Atitude Emocional.
Em alguns casos, essa prática pode até
mesmo se tornar um vício, pois, a pessoa adota essa rotina de adiamento das
obrigações, postergando tudo aquilo que não é de seu total agrado. “Os vícios
se constituem por meio de hábitos profundamente enraizados, conhecidos também
como comportamentos automatizados. Em nosso cérebro, a área responsável por
eles fica localizada nos núcleos da base e é formada por neurônios que
transportam informações para o resto de nosso corpo”, explica Zora. Ainda de
acordo com a profissional, quando somos expostos à atividades que não nos convém
ou que julgamos difíceis, ativamos áreas, em nosso cérebro, associadas à dor e
ao medo, causando grande desconforto. Então ele busca uma maneira de parar o
estímulo negativo por intermédio de outras atividades mais prazerosas e, assim,
desencadeia o vício em procrastinar.
Como ocorre em qualquer vício, esse
também pode ser nocivo e pode trazer prejuízos para quem sofre com ele. Pode
provocar crenças metacognitivas negativas como a culpa e insatisfação, o
indivíduo passa muito tempo pensando sobre todas as tarefas que está evitando,
acarretando uma situação estressante e ruim. Além disso, quando não trabalhados
corretamente, os sentimentos de frustração por não conseguir realizar as metas
podem causar danos físicos e emocionais. “A primeira grande ‘sacada’ para
combater esse mal é compreender como ele foi formado e que pode facilmente se
tornar prejudicial. O passo decisivo é construir uma nova rotina e repetir
incessantemente o comportamento desejado, para que se torne um novo hábito,
mais produtivo”, orienta Zora.
A especialista ainda explica que,
quando estamos aprendendo algo ou precisamos realizar uma tarefa, o nosso
cérebro trabalha em dois modos, o focado, quando estamos totalmente
concentrados na atividade e o difuso, em que estamos mais relaxados. “A forma
como aprendemos ou como desenvolvemos tarefas influencia muito em como vamos
agir, ou seja, se aprendermos ou executarmos de forma correta, temos uma
probabilidade menor em procrastinar. Para um aprendizado ou uma execução de
tarefa mais efetivos temos que revezar esses dois modos constantemente, pois
não é possível manter apenas um deles por muito tempo”, conclui.
Para finalizar, Zora Viana destaca
algumas dicas que ajudam a colocar um fim na procrastinação:
Aprenda
a identificar os momentos que você está procrastinando;
Desenvolva
o autoconhecimento para entender porque você procrastinou perante esta
situação;
Faça
uma lista de metas e deixe-as claras para você mesmo;
Enumere-as
de acordo com suas prioridades;
Utilize
instrumentos que possam te ajudar como agenda, aplicativos, entre outros;
Comprometa-se
com o que você se propõe a fazer;
Preste
atenção na forma como você aprende ou desenvolve suas tarefas, se você alterna
o modo difuso e focado;
Transforme
essas dicas em novos hábitos.
Sobre
a Atitude Emocional
A
Consultoria Atitude Emocional surgiu a partir das necessidades de
fortalecimento e equilíbrio das emoções fundamentais para um desempenho
adequado dos papéis sociais, especialmente o papel profissional. È formada por
um grupo de profissionais especializados e dedicados ao desenvolvimento humano.
Compartilham ideias, estratégias e técnicas para promover o
equilíbrio entre a razão e a emoção, por meio de novas práticas para a
consciência emocional em todas as áreas da vida: familiar, social, pessoal
e profissional. Mais informações em atitudemocional.com.br
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