O 13º salário é
recebido pelo trabalhador urbano, rural, avulso e o doméstico, sendo
pago pelo empregador proporcionalmente ao tempo de serviço do empregado.
O valor do
adiantamento do 13o salário corresponde à metade do salário recebido
pelo empregado no mês anterior, sendo pago de 01/fevereiro a 30/novembro ou por
ocasião das férias (se
solicitado pelo empregado).
O que fazer,
nestes tempos bicudos ...
Cada um de nós
possui seus problemas e sabe como encaminhar as possíveis soluções, mas creio
que ouvir conselhos tem muita proximidade com canja de galinha: não faz mal a ninguém.
A meu ver, a
prioridade da renda recebida pelo pagamento do 13º salário, deve ser o
pagamento de dívidas existentes – ou, pelo menos, sua redução - por meio de
negociações que podem ser estruturadas pelo pagamento imediato dos valores em
troca de descontos nos juros acumulados. Não custa tentar obter redução da
dívida em troca de pagamentos imediatos, lembre-se de que esta é uma opção que
poderá agradar muito ao seu credor.
Priorize o
pagamento de dívidas relacionadas ao cartão de crédito, pois possuem as maiores
taxas de juros do mercado.
Reforço: não custa
nada tentar a negociação, pois, no máximo, receberá uma negativa e, se seu
credor aceitar, representará um ganho financeiro seu e imediato.
Bem, e o que faço
com a sobra... .
Antes de tudo,
saiba que você é um felizardo, pois existem sobras de seu 13º, esteja ciente de
que sua posição financeira é invejada por muitos. E meus parabéns, pois isto
significa que administra com cuidado maior do que a média nacional os seus
custos e receitas pessoais.
Vamos aos
detalhes. Analise sua disponibilidade financeira e seus projetos; quanto tenho
e quanto custa o que desejo adquirir, seja imediatamente ou no futuro. O
significado de adquirir está relacionado a bens ou serviços: desde a compra de
algo ou uma viagem; desde a realização de um curso de formação ou uma festa,
não importa o que, e, sim, quando planeja o evento e como pagar. E, sua
opção pode ser realizar o investimento financeiro, para a formação de seu
capital pessoal para o futuro, o tal pé de meia.
O ajuste entre o
período de tempo no qual deseja realizar seu objetivo e a aplicação financeira
selecionada é fundamental, pois fatores como o Imposto de Renda ou a
remuneração da aplicação podem influenciar bastante seu ganho líquido.
Aplicação popular,
a caderneta de poupança, pode ser uma alternativa para prazos inferiores a seis
meses, a remuneração deste investimento é baixa, mas o fato de ser isenta de
Imposto de Renda contribui para manter certa atratividade. Para prazos maiores
do que o citado, tal aplicação, a meu ver, não é atrativa, pois os juros
oferecidos por outras modalidades serão mais compensadores.
A aplicação em
títulos, tais como CDB ou RDB, deve ser avaliada, mas atenção: pesquise entre
diferentes bancos, não compre, pela questão de costume e facilidade, o título
do banco no qual possui conta corrente. Investigue taxas de remuneração e
negocie, você possui em mãos o principal recurso, que é o dinheiro líquido.
Avalie a
possibilidade de investir, a longo prazo, em ações. Ainda que hoje a economia
nacional esteja mais próxima da UTI do que de tempos de bonança, tal tempestade
não será eterna (espero). Investigue, pesquise – sugiro utilizar como fonte
primária de informações o site http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/index.htm#
Não caia na
armadilha de julgar que ações são voltadas apenas a pessoas com conhecimentos
quase exotéricos em Finanças. Certamente alguma especialização é necessária e
ajuda, mas tais serviços podem ser contratados juntos às corretoras e poderão
auxiliar você não apenas a ganhar dinheiro como, principalmente, adquirir
capital a longo prazo. Eventualmente poderão ser registradas perdas, esteja
preparado para isto, mas tal investimento tende a oferecer oportunidades de
ganho significativas, especialmente escolhendo empresas com perfil de boa
gestão e pagadoras de dividendos firmes ao longo dos exercícios fiscais. Monte
uma carteira, ou seja, selecione empresas das quais deseja ser investidor em
ações e não hesite em mudar tal composição (não seja sentimental) ao longo do
tempo, se a empresa não mantiver uma boa gestão e soluçar no pagamento de
dividendos. Tenho convicção que, a longo prazo, será beneficiado por tal
escolha.
O Tesouro Direto é
uma opção que adquiriu grande notoriedade no mercado e tornou-se muito popular.
Alta segurança no investimento e retorno adequado são diferenciais positivos,
sua aplicação é relativamente simples e gerida pelo próprio investidor, com
aplicação a partir de valores muito acessíveis. Sugiro que consulte http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
Outras aplicações
podem oferecer boas alternativas, tais como Letras de Crédito Agrícola, a meu
ver, uma interessante opção de título de renda fixa, que paga uma percentagem
da taxa do CDI. Existem alguns condicionantes, mas o risco da aplicação é muito
reduzido. Detalhes podem ser consultados em http://www.bb.com.br/pbb/s001t006p003,500963,502590,6,1,1,1.bb#/
Outras aplicação
são oferecidas no mercado nacional, detalhar cada uma delas foge do espaço
disponível para nossa discussão.
Avalie e selecione
a que melhor se enquadre entre seu objetivo e prazo de execução do mesmo
objetivo.
E, de forma ideal,
procure manter seu perfil como investidor e não como devedor, afinal é melhor
ter a taxa de juros a seu lado do que combatê-la como inimiga.
Osmar Masini Visibelli
- Mestre em Ciências Sociais, área de concentração Sociologia
do Trabalho, pós-graduação (lato sensu) em Finanças (2003) e graduado em
Administração de Empresas (1988) e em Ciências Econômicas (1985). Leciona na Universidade
Anhembi Morumbi (cursos presenciais de Administração de Empresas e de Relações
Internacionais), com experiência no desenvolvimento de material para cursos EAD
e presenciais, com trabalhos utilizados na Universidade Anhembi Morumbi, nos
cursos de graduação e pós-graduação.
Laureate
International Universities: www.laureate.net
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