quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Insônia: a vilã do sono




Especialistas indicam causas do distúrbio e dão dicas de como ter uma noite tranquila


Todas as noites, milhares de pessoas rolam de um lado para o outro na cama sem conseguir dormir. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população em todo o mundo sofre com insônia, que se caracteriza por uma dificuldade para dar início ao sono ou para manter o sono com qualidade.

O sono é o mecanismo do corpo para reparar todos os sistemas que nos mantêm vivos. Dormir bem é fundamental para manter o bem-estar físico e mental durante o tempo em que se está acordado. Por conta disso, especialistas dizem que, em geral, uma pessoa adulta precisa de oito horas de sono por dia. 

Porém, alguns fatores podem contribuir para a insônia, que geralmente pode acontecer por predisposição genética, fatores físicos, biológicos, mentais e até mesmo psicológicos e sociais. Já para as mulheres que sofrem com tensão pré-menstrual (TPM) ou passam pela menopausa e gestação, a insônia pode ocorrer por conta das alterações hormonais.  

Porém, todo cuidado é pouco e é importante estar atento às causas do distúrbio. Geralmente, pessoas com insônia têm baixa qualidade de vida em comparação às pessoas que dormem bem. “A insônia aumenta as chances de desenvolver doenças, especialmente as cardiovasculares, causa falhas na memória, cansaço excessivo e estresse”, declara Marcelo Paixão, neurologista do Hapvida.

Por isso, o ideal é manter um horário regular para ir para a cama, jantar moderadamente, não fumar ou tomar café antes de dormir e fazer do ambiente em que se dorme um espaço de paz e não de agito. “O quarto deve estar limpo e tranquilo para dormir. Ver televisão, ficar navegando na internet, checar o smartphone, ler e ouvir música são atividades que podem fazer a pessoa perder o portão neuroquímico de entrada no sono, embora isto não valha para todos”, explica a psicóloga do Hapvida, Carla Cristini Cunha.

Além disso, é importante também escolher o travesseiro adequado e isso leva em conta a posição em que a pessoa costuma dormir. Técnicas alternativas também são bem-vindas. “O estresse e a ansiedade podem ser evitados ou combatidos com técnicas de respiração e meditação”, indica Carla.

Se mesmo tomando os cuidados necessários o problema persistir, o profissional adequado deve ser procurado. Para diagnosticar a insônia, existe um exame chamado “polissonografia”, que é capaz de detectar cerca de 80 tipos diferentes de distúrbios do sono, realizado em laboratórios e em clínicas especializadas no sono.




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