quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Cinco coisas que você precisa saber antes de guardar o dente de leite do seu filho




Quem diria que aqueles dentinhos que a gente fala para a criançada deixar debaixo do travesseiro poderia revolucionar a medicina. Sim, os dentes de leite não alimentam apenas a imaginação infantil sobre a fada do dente, como também a de muitos cientistas ao redor do mundo que estão transformando as células-tronco de sua polpa em diferentes tecidos do nosso corpo, como ossos, cartilagens, músculos, órgãos, entre outros. Sabendo disso, cuidar dos dentes de leite é importante para todos e fundamental para quem quer guardar suas células-tronco e se prevenir para o futuro.

Mas e aí? Como funciona a extração do dentinho para guardar as suas células? Abaixo, seguem cinco dicas feitas pela R-Crio, Centro de Tecnologia Celular especializado em armazenar as células-tronco dos dentes de leite.

1- Extração: nada de amarrar barbantes, linhas, fio dental e arrancar o dentinho no tranco
Todo tesouro deve ser bem cuidado. As células-tronco são muito especiais, mas não podem ser retiradas de um dentinho que já caiu. Não vale fazer a extração de qualquer jeito, em qualquer lugar e por qualquer pessoa; ela deve ser feita por um dentista confiável, com toda experiência e que esteja credenciado a um Centro de Tecnologia Celular (CTC).

2- Higiene é fundamental
Na nossa boca estão presentes diversas bactérias que podem comprometer o dente quando retirado em casa. O dentista é o melhor profissional para orientar e fazer a extração. Ela deve ocorrer quando o dentinho ainda possuir um terço da raiz ou estiver aparentemente mole. Isso também pode evitar quaisquer possíveis traumas à criança.

Para garantir a qualidade do material, o dentinho precisa ser extraído por um dentista no consultório. Após esse procedimento, o material deve ser enviado em até 48 horas para o laboratório, onde as células-tronco serão extraídas e multiplicadas, além de passarem por testes que comprovarão sua qualidade e aplicabilidade. Ou seja, não valem dentinhos deixados no travesseiro, caixinhas ou gavetas para “recordação”.

3- Armazenamento: a fada do dente fica no laboratório
É no laboratório que a mágica acontece. Lá as células-tronco são extraídas e expandidas, para no final serem armazenadas em tanques de nitrogênio líquido, a -196°C. O armazenamento deve, necessariamente, ser feito junto a um Centro de Tecnologia Celular (CTC) especializado em células-tronco de polpa de dente de leite, que esteja credenciado ao Conselho Federal de Odontologia (CFO) e tenha as licenças de funcionamento emitidas pela Anvisa. A R-Crio, Centro de Tecnologia Celular especializado em armazenar as células-tronco do dente de leite com laboratório em Campinas (SP), já nasceu com esse propósito e atua no Brasil inteiro.

4- Regeneração: de olho na medicina do futuro
Por apresentarem grande potencial para auxiliar na regeneração de diversos tecidos humanos, atualmente diversas pesquisas com células-tronco estão sendo realizadas. Ao extrair e armazenar as células do dentinho do seu filho, você – mãe ou pai – está assegurando a possibilidade de tratamentos inovadores com base nas pesquisas que envolvem a medicina regenerativa, em caso de futura necessidade, inclusive no tratamento de diabetes, Alzheimer, problemas cardíacos, entre outros problemas. 

5- Referências: o dente de leite levou nossos cientistas à Nasa
De acordo com dados do National Institutes of Health (NIH), existem no mundo mais de cinco mil testes clínicos com células-tronco, em estágio avançado. Somente em 2015 foram feitos mais de 533 estudos clínicos utilizando as células-tronco mesenquimais, boa parte delas provenientes da polpa do dente de leite. As pesquisas sobre células-tronco mesenquimais foram abordadas em abril deste ano no Space Life Sciences Laboratory (uma parceria entre o Governo da Flórida e a NASA), nos Estados Unidos por especialistas da R-Crio, que foram convidados para se apresentarem por lá. E a parceria não parou por aí. Juntos, muitas novidades sobre ciência e educação estão por vir.

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