domingo, 23 de outubro de 2016

Angioplastia pode ser uma solução para a saúde do coração?



Os pacientes realizam o cateterismo cardíaco (angiografia coronária) para detectar a gravidade de obstrução nas artérias do coração. Realizado por médicos cardiologistas atuantes na área de hemodinâmica e cardiologia intervencionista , a angioplastia é considerada um procedimento minimamente invasivo, destinada a restaurar o fluxo sanguíneo por meio das artérias coronárias que foram bloqueadas por placas de gordura (ateroscletórticas).
Segundo o cardiologista intervencionista e presidente da SBCI, Dr. Marcelo Cantarelli, “o procedimento permite a utilização do cateter, um tubo flexível de plástico, contendo um balão na extremidade para dilatar os estreitamentos das artérias. Para o resultado ser eficaz, inserimos um stent, prótese com o formato de um arame, para manter a abertura das coronárias”.

Relevância do procedimento
A realização permitirá reduzir o número de mortes por doenças cardíacas, além do infarto. Os pacientes submetidos a esse procedimento são aqueles que sofrem com um estreitamento das artérias causado por um acúmulo de gordura, cálcio ou coágulos nas artérias que levam o sangue para o coração. O objetivo do procedimento é corrigir o fluxo de sangue oxigenado para o coração. A angioplastia coronária pode ser realizada em vigência de um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) . No infarto há uma oclusão abrupta da circulação de sangue no coração levando à morte de tecido cardíaco. Nestes casos a angioplastia é realizada em caráter de emerg&eci rc;ncia para reestabelecer o fluxo sanguíneo e interromper a morte do músculo cardíaco. 

 Pré-exame
Para realização da angioplastia, o paciente receberá anestesia local, algumas vezes associada a  um sedativo via oral ou intravenoso. É indispensável o acompanhamento de um responsável ou maior de idade durante o exame. No entanto, algumas medicações precisam ser interrompidas como: remédios anticoagulantes, drogas utilizadas para o tratamento de diabetes, diuréticos, anti-inflamatórios, antibióticos, entre outros que podem interferir no procedimento. Os médicos orientam jejum de 6 horas e levar exames feitos anteriormente ao procedimento (cateterismo cardíaco, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, holter, etc).

Como é realizado?
Dentro do ambiente hospitalar, preferencialmente no laboratório de hemodinâmica, os pacientes são recebidos por uma equipe de enfermagem que aplicará a sedação. A inserção do cateter, tubo flexível fino e de plástico, poderá ser feita na virilha (via femoral), no braço – próximo ao cotovelo, ou pelo punho (via radial), e trilhará pelo vaso sanguíneo até chegar ao coração.
Na extremidade do cateter um balão pequeno é guiado até a obstrução e, consequentemente, insuflado, a fim de comprimir a placa de gordura contra a parede do vaso sanguíneo. De acordo com a SBCI, em cerca de 90% dos casos é implantado o stent no local da obstrução, a fim de sustentar a dilatação e evitar o recolhimento do vaso.
O especialista acompanha a realização do exame por meio do aparelho Fluoroscópio – instrumento baseado na passagem de raios X e possibilita a visualização dor órgãos de forma rápida e indolor, em seguida, as imagens exibidas são registradas em um CD entregue ao paciente no término do exame. Finalizado, é preciso que o paciente seja internado por no mínimo 24 horas para observação.

Tempo de duração
A angioplastia pode durar de 30 minutos a 2 horas.


Riscos da Angioplastia
Mesmo sendo um procedimento minimamente invasivo, os pacientes correm alguns riscos como: óbito, infarto agudo do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral), necessidade de cirurgia de revascularização e complicações vasculares. Porém, as complicações são raras e não acontecem com frequência.





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