quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Prevenção de doenças cardíacas deve ser intersetorial e multifacetada




No Dia Mundial do Coração, datado em 29 de setembro, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) indica que para a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares devem solucionados problemas de acesso


As principais doenças do coração que geram mortalidade hoje no Brasil são infarto do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais. Pessoas com pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, fumo, sedentarismo, devem ser acompanhados ao longo da vida, para o adequado controle destes fatores de risco. As informações são da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) com foco no Dia Mundial do Coração, datado em 29 de setembro, que alerta a necessidade de cuidados multifacetados e intersetoriais para prevenção de eventos cardiovasculares evitáveis.

“Boa parte das doenças relacionadas ao coração pode ser prevenida com alimentação saudável, prática regular de atividade física, diagnóstico precoce de fatores de risco como pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, fumo, sedentarismo. Todos são fatores preveníveis através de hábitos saudáveis de vida e conscientização coletiva para o combate dos mesmos, especialmente importante para evitar eventos precoces nos curso da vida produtiva das pessoas”, explica Thiago Trindade, presidente da SBMFC.

Segundo ele, o papel do médico de família e comunidade (MFC), na Atenção Primária à Saúde, é promover a saúde com orientação desde a infância e ofertar intervenções multifacetadas para o controle destes fatores de risco. Mas não é trabalho só do médico e da equipe de atenção primária, mas sim de vários setores da sociedade, através da oferta de políticas públicas que garanta a prática de atividade física regular às pessoas, e outras intervenções sociais, pois não são todas as pessoas hoje no país que tem acesso a uma alimentação saudável, esporte e lazer.

”Ao longo da vida, as pessoas precisam ser acompanhadas permanentemente para uma melhor qualidade de vida e controle de doenças, o que resulta na prevenção de doenças cardiovasculares que podem causar mortalidade ou deixar sequelas, caso não sejam diagnosticadas e tratadas. Há também um problema de acesso que atinge a população mais socialmente vulnerável, a qual também tem maiores índices de morbi-mortalidade cardiovascular. Mas que com a atuação da Atenção Primária à Saúde, em atendimentos nas comunidades utilizando práticas equitativas, a partir das Unidades de Saúde, consegue-se identificar este público e diminuir esta desigualdade em saúde”, reforça.

A Atenção Primária à Saúde deve ter um papel importante no diagnóstico precoce de fatores de risco cardiovasculares, que com o diagnóstico oportuno, podem ser controlados, através de intervenções multifacetadas, como a ajuda as pessoas a pararem de fumar e o estimulo a prática de atividade física. Trazendo um impacto importante a estas comunidades que podem ter um melhor controle destes fatores de risco, e viverem com mais qualidade de vida, e com menor mortalidade e morbidade por essas causas.




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