Atendimentos aos
atletas, delegações e espectadores das competições são acompanhados por centro
de operações integrado entre as cidades e o Governo Federal
Os serviços para assistência à saúde
dos atletas, delegações e espectadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão
preparados. A infraestrutura recebeu reforço em todas as áreas e as ações estão
sendo monitoradas 24h pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde
(CIOCS), que funciona direto do Centro de Operações Rio (COR) no Rio de
Janeiro. A equipe composta por 125 profissionais do Ministério da Saúde atua na
coordenação dos trabalhos, realizados em parceria com os estados e municípios
envolvidos.
O Centro monitora as situações de risco, a demanda por
atendimento, a vigilância epidemiológica e sanitária, além de coordenar
respostas diante de emergências em saúde pública. As demais cidades que
receberão os jogos (Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus)
adotarão o mesmo modelo de monitoramento, que é utilizado desde 2011 no país, e
já foi ativado em eventos como a Copa do Mundo e Jornada
Mundial da Juventude.
“Estamos trabalhando e planejando, dentro de uma composição
tripartite, desde que se iniciou a caminhada para o início dos jogos Olímpicos
e Paralímpicos. A Força Nacional do SUS vai compor o grupo que estará sediado
junto ao Hospital Geral do Exército, em Deodoro no Rio de Janeiro, para
qualquer eventualidade. As cinco cidades sedes também foram preparadas. A regulação,
em caso de atendimento básico, continua normalmente. Noventa por cento dos
atendimentos ligados as Olimpíadas serão atendidos dentro das próprias áreas.
Os médicos nos postos de atendimento comunicam o CIOCS e as equipes de remoção
do SAMU. A regulação será toda feita pela rede municipal, o estado fará a
remoção e, caso necessite de cirurgia mais complexa os hospitais especializados
terão aporte para contribuir”, afirmou o José Manoel de Souza Marques,
coordenador-geral da Força Nacional do SUS, em coletiva de imprensa com
jornalistas estrangeiros e brasileiros no Rio Media Center.
Durante a Copa, por exemplo, foi possível verificar que apenas
0,2% dos participantes necessitaram de algum tipo de atendimento de saúde fora
das arenas. A estimativa internacional é que entre 1% e 2% do público em
eventos de massa necessite de algum cuidado médico e apenas 0,2% a 0,5% tenha
necessidade de transferência para serviços de maior complexidade. Com isso,
durante todo o período dos jogos é possível calcular cerca de 20 mil
atendimentos e 700 remoções.
ATENDIMENTO – A Rio 2016 prestará
serviços médicos dentro do perímetro de segurança e oferecerá atendimento
externo particular a atletas e delegações. Os demais espectadores que precisem
de remoção dos locais de competição serão atendidos no SUS, na rede de
assistência organizada pelo município. As remoções são feitas por meio da
central de regulação do município e do estado, que utilizará as ambulâncias
doadas pelo Ministério da Saúde.
A expectativa é que mais 90% dos atendimentos nas áreas de
competição sejam resolvidos no próprio local. Fora das arenas, segue-se o
atendimento usual pelos componentes do SUS (UBS, UPA e hospitais). Para casos
de emergência com múltiplas vítimas, foram disponibilizados exclusivamente para
os jogos 235 leitos de retaguarda só no município do Rio de Janeiro. Do total,
são 135 federais, 50 municipais e 50 estaduais.
REFORÇO – As 146 ambulâncias cedidas
pelo Ministério da Saúde já estão à disposição dos torcedores e competidores
que necessitem da assistência das unidades durante os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos. O investimento federal na compra, aparelhamento e custeio dos
novos veículos é de R$ 73,2 milhões. Após as Olimpíadas, as ambulâncias serão
distribuídas a outras cidades para renovação da frota do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU 192).
A Força Nacional do SUS estará com equipes de prontidão (médicos,
enfermeiros e técnicos em enfermagem) no Hospital Geral do Exército, no Rio de
Janeiro, para emergências em saúde, com capacidade para montar três tendas para
atendimento, além de sete leitos de UTI.
Além da contratação de 2,5 mil profissionais de saúde temporários
e de 3,5 mil agentes de endemia externos, para inspecionar e eliminar focos da
dengue, o Ministério da Saúde realizou uma série de capacitações e compra de
equipamentos médicos. Também foram investidos R$ 320 mil para compra de
equipamentos de proteção individual (EPI), R$ 2,5 milhões para compra de
antídotos para emergência com materiais químicos, biológicos, radiológicos e
nucleares (QBRN). Além disso, 1,7 mil profissionais foram capacitados para
emergências em QBRN, sendo 377 na cidade do Rio de Janeiro.
GUARDIÕES DA SAÚDE – O Ministério da Saúde já
disponibilizou para a população o aplicativo Guardiões da Saúde. A ferramenta
de vigilância participativa ajuda no monitoramento da saúde pública, uma vez
que será possível mapear a ocorrência de sintomas similares relatados em
determinadas localidades.
Ao informar a condição de saúde, o cidadão é orientado a procurar
um serviço de saúde caso marque estar com algum sintoma de doença. A ferramenta
permite verificar a UPA mais próxima por meio de GPS, além de identificar
farmácias próximas. O aplicativo pode ser para download, gratuitamente, nas lojas
virtuais Play Store e Apple Store e também
pode ser acessada pela web. Além do português, o
aplicativo está disponível nos idiomas oficiais da ONU: francês, inglês,
espanhol, japonês, russo e árabe.
Alexandre Penido
Agência Saúde
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