Tratamento é reconhecido como maior avanço no ano de 2016
A imunoterapia é um tratamento para o
câncer avançado que utiliza o sistema imunológico do paciente para destruir as
células cancerígenas. Os ótimos resultados apresentados nos trabalhos dos
últimos 6 anos vêm aumentando o entusiasmo da Sociedade Norte Americana de
Oncologia Clínica, considerando essa terapia como o maior
avanço na luta contra o câncer nos anos de 2015 e 2016.
O tratamento é
composto por diferentes medicamentos, aplicados na veia do paciente, porém têm
efeitos colaterais muito diferentes das convencionais, como a quimio e radioterapia
(com um perfil muito mais favorável por não apresentar náuseas, vômitos, queda
de cabelo e riscos sérios de infecções). Com os avanços observados em vários
tumores, são variadas as modalidades de imunoterapia e cada dia mais
abrangentes e eficazes. Essa melhora da imunidade incentiva as células
imunológicas normais do nosso corpo a identificar e combater as células doentes
do câncer, que detêm formas variadas de "se esconder" das nossas
células de defesa. O médico oncologista Gabriel Lima Lopes, lembra ainda que
Imunoterapia pode modificar as células tumorais e principalmente os linfócitos,
por conta da bioengenharia, auxiliando essas células a reconhecerem o câncer.
Um erro de
duplicação das células dá origem a uma célula cancerosa, e ela passa a se
multiplicar de forma “descontrolada”; após uma sequência de eventos complexa, o
tumor adquire a capacidade de não ser reconhecido pelo sistema imunológico e,
assim, fazem com que as células de defesa não reconheçam a ameaça, e inibem a
resposta imune fisiológica.
A imunoterapia
é indicada para casos de cânceres: pele (Melanoma),
pulmão, hematológico (sangue) e rim, porém a cada mês vem sendo
demonstrada a clara superioridade desse tratamento para tumores de bexiga,
pescoço (garganta) e alguns subgrupos de tumores de estômago, mama e cólon. Os
estudos científicos com essa estratégia de tratamento são feitos nas fases mais
avançadas da doença, onde se demonstram melhores resultados, e vem sendo
avaliada não só na forma isolada mas também em combinações com outras terapias,
como a própria quimioterapia.
Esse fim da
invencibilidade dos tumores vem sendo observado no tratamento de cânceres
agressivos, como o de bexiga, que há quase 30 anos não tinha nenhum tratamento
novo. No momento, os melhores resultados foram identificados para o câncer
metastático de Pulmão e Melanoma, doenças que até pouco tempo atrás tinham um
prognóstico muito reservado.
Recentemente
aprovado pela Anvisa, esse novo tratamento tem sido oferecido em hospitais
privados e por algumas instituições públicas que participam de pesquisa clínica
em Oncologia.
Dr Gabriel Lima Lopes -Oncologista clínico da
Pro Onco - Centro de Tratamento Oncológico e do Hospital do Câncer de Londrina.
Professor-assistente das disciplinas de Oncologia e Cuidados Paliativos do curso de Medicina da PUC Londrina Especialista em Oncologia Clínica pelo Hospital Sírio-Libanês Observership in Clinical Oncology no Memorial Sloan Kettering Cancer Center - New York/USA Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo
Professor-assistente das disciplinas de Oncologia e Cuidados Paliativos do curso de Medicina da PUC Londrina Especialista em Oncologia Clínica pelo Hospital Sírio-Libanês Observership in Clinical Oncology no Memorial Sloan Kettering Cancer Center - New York/USA Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo
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