O mercado de segurança eletrônica no
Brasil vem crescendo a ritmos galopantes. Segundo uma pesquisa divulgada pela
SIA (Security Industry Association), a expectativa é que haja um crescimento de
20,6% em 2017, atingindo a cifra de R$ 3,7 bilhões no ano. Diante dessa
previsão de alta, é importante se atentar a algumas questões bem específicas na
hora de contratar um prestador de serviço nessa área. Abaixo, listo cinco
pontos fundamentais antes de assinar um contrato.
Experiência: O primeiro item a se
analisar ao contratar uma empresa de segurança eletrônica é o seu tempo de
experiência. De acordo com a ABESE - Associação Brasileira das Empresas de
Sistemas Eletrônicos de Segurança, existem cerca de 22 mil empresas registradas
no país. Ainda assim, o setor sofre com a grande informalidade. Faltam
legislações específicas. Até existem algumas normas estaduais, como o Distrito
Federal que regulamenta algumas normas através da lei n°3.914/2006, mas não há
uma legislação nacional sobre o segmento. Os preços variam muito entre produtos
e serviços, justamente pela ilegalidade de atuação. Nesse sentido, uma empresa
com passado íntegro faz toda a diferença.
Empresas e Produtos certificados: Para
garantir bons serviços, é preciso contar com bons produtos e empresas certificadas.
Sendo assim, o consumidor precisa se certificar de que seu projeto de segurança
eletrônica está contando com a instalação de produtos certificados, com
qualidade testada e aprovada. Produtos e serviços baratos reduzem o custo final
do projeto, mas aumentam as vulnerabilidades. É importante apurar se a empresa
contratada possui estrutura adequada para avaliar os riscos e consultores
capacitados para indicarem os melhores equipamentos para cada situação e
ambiente. Além disso, produtos de baixa qualidade podem confundir o consumidor,
que acaba comprando gato por lebre. Por isso, é importante buscar empresas que
só trabalham com produtos homologados, com garantia de qualidade e estejam
registrados nos órgãos fiscalizadores, como CREA E SSP.
Profissionais qualificados:
Algumas empresas dispõem de profissionais com formação bastante superficial.
Então, antes de contratar é importante se certificar de que a empresa tenha
profissionais registrados no CREA (Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura), como exige a Resolução 1025/2009, artigos 1º a 4º. Só com
profissionais de grande capacidade técnica é possível desenvolver projetos de
segurança eletrônica de alto nível. Caso contrário, o amadorismo pode deixar o
seu patrimônio à mercê de invasores. As empresas que oferecem um projeto
executivo de segurança eletrônica têm como objetivo verificar as necessidades e
possiblidades do cliente, esclarecer as principais dúvidas sobre os sistemas
adquiridos e como serão utilizados, apresentando sempre as vantagens e garantias
de um projeto bem elaborado.
Estrutura e tecnologia: Esse
é um segmento que conta sempre com novidades tecnológicas. Como está em franca
expansão, é comum haver novidades cada vez mais modernas na prevenção de
sinistros. Então, uma empresa séria precisa estar antenada a esses lançamentos,
a fim de oferecer aos seus clientes produtos e serviços de ponta. Uma boa
estrutura física, como uma central de monitoramento 24 horas, por exemplo, é um
fator indispensável para você, consumidor, se certificar de que está
contratando os profissionais certos para o seu projeto.
Atendimento: Normalmente, ocasiões
envolvendo violações de segurança são sempre desagradáveis e assustadoras. Por
isso, é preciso se certificar de que a empresa que você vai contratar conta com
um corpo de profissionais realmente preparados para lidar com essas questões
comportamentais. Um momento de vulnerabilidade é normalmente acompanhado de uma
forte carga de estresse, onde a atuação de um profissional habilitado é
determinante. Um atendimento de qualidade é o mínimo que o cliente deve exigir.
Por fim, é importante que o cliente entenda que a
responsabilidade pela elevação no nível de qualidade do setor também é dele. Ao
contratar empresas de origem e prestação de serviço duvidoso, você certamente
estará contribuindo para a informalidade do segmento. Buscar empresas
capacitadas, com experiência e certificações de qualidade é, sem dúvida, o
primeiro passo para garantir uma sociedade mais segura e protegida.
Perseu Iuata Costa - sócio fundador da Japan Security, empresa com quase 20
anos de atuação no setor de segurança patrimonial.
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