Especialista em psicologia masculina explica porque o Dia dos Homens também é importante
Historicamente,
a posição superior masculina foi construída a partir do Patriarcado. O homem
passou a ter privilégios, e pensar como um ser humano, acima de qualquer coisa.
Principalmente, às mulheres. Qualquer comportamento que fosse ao contrário de
uma postura masculina, era colocado em dúvida se o tal era, de fato, homem de
verdade.
O
homem não podia demonstrar sua sensibilidade, ter admiração por plantas,
música, poesia ou qualquer outra coisa que colocasse em dúvida o que era ser
homem; tinha que estar pronto para atacar, para sempre vencer, ser forte e
corajoso. Não ter medo, não demostrar fraqueza, não ser impotente com as
mulheres, não ter dúvidas e acertar em tudo que fizesse. Porque era um único
ser superior e inteligente.
“Os
homens eram ensinados para o papel que a sociedade desejava. E com isso, passou
a ser solitário. Não tinha uma boa convivência com a mulher e não participava
do crescimento dos filhos”, explica a psicóloga especializada na saúde do
homem, Dra. Carla Ribeiro.
Segundo
a especialista, embora nossa sociedade tenha mudado bastante, principalmente
por causa do movimento feminista, ainda há uma certa padronização do que é ser
homem. “Desde pequenos, os meninos são testados a provarem sua masculinidade.
‘Isso não é coisa de homem’, ‘Homem que é homem não faz isso’, ‘Seja homem...’,
‘Homem não chora’. Para serem masculinos, os machos aprendem, em geral, o que
não devem ser, antes de aprenderem o que podem ser”, comenta a Dra. Carla.
Muitas
mulheres atualmente, dizem que os homens de hoje têm um jeito difícil de
entender. Porém o que elas também não entendem, é que esse “jeito difícil” é
uma consequência de anos de um comportamento limitado ao que a sociedade
esperava, inclusive ao que elas, mulheres, também esperavam. O homem de hoje
precisa ser reconquistado.
“Devido
a dois mil anos de um comportamento enclausurado, na cabeça dos homens atuais,
ser carinhoso, é ser ousado; dar atenção, é ser inteligente; demonstrar as
emoções, é ser forte; sentir medo, é ser corajoso; ficar triste, e até chorar,
é ser criativo; dizer “eu te amo”, é ser decidido; pedir desculpas, é um ato de
bravura; dedicar-se a família, é ser responsável; e cuidarda mulher que ama,
isso é ser homem de verdade”, finaliza a psicóloga.
Carla Ribeiro - Psicóloga Clínica
e Hospitalar voltada para Saúde do Homem.
Av.
Nelson Cardoso, 1149 - sala 1213, Jacarepaguá (Taquara), Rio de Janeiro/RJ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário