Especialista dá
dicas simples, mas que podem evitar problemas à saúde de cães e gatos
Como todos sabemos, ter um animal de estimação em casa exige muita atenção e
alguns gastos constantes, por exemplo, com a alimentação. Escolher um produto
de qualidade, que ofereça todos os nutrientes necessários, é sempre muito
importante, mas alimentar corretamente o seu pet exige outros cuidados, como a
troca gradual da ração, necessária para que o sistema digestório do animal se
adapte ao novo alimento.
“Quando a mudança de alimento
se faz necessária, seja por idade, necessidade especial por algum motivo
relacionado à saúde, busca por qualidade, preço, opção de marca ou qualquer
outra razão, é recomendado fazer a troca do alimento de forma gradual do
alimento anterior pelo novo”, explica Mariana Martins, pesquisadora da Magnus,
fabricante de alimentos para cães e gatos.
“O humano está adaptado a
variações diárias na alimentação, com isso todo, o metabolismo e o sistema
gastrointestinal são capazes de lidar com a diversidade. Já o cão e o gato
comem o mesmo alimento diariamente, e uma mudança repentina pode acarretar em
problemas à saúde, como fezes amolecidas, recusa do alimento, diarreia,
vômitos”, complementa Mariana.
Para evitar erros na hora de
realizar a troca do alimento de seu pet, a especialista da Magnus preparou
algumas dicas. Confira abaixo:
1 - Planeje a mudança antes
de o pacote acabar
Inicie a mudança antes que
acabe o pacote do alimento anterior, caso contrário não haverá a possibilidade
de troca gradual.
2 - Programe o período de
troca de alimento
O ideal é dedicar sete dias
para a troca de alimento do animal. “Durante esse período, deve haver o aumento
gradual da quantidade oferecida da nova ração e a diminuição da anterior, até
que, no sétimo dia, o pet esteja consumindo 100% do alimento novo”, explica
Mariana.
Certifique-se de que possui
quantias suficientes das duas rações e faça um cronograma como o exemplo a
seguir: no primeiro e segundo dias, ofereça mais da ração atual e menos da
ração nova (75% da atual e 25% da nova); no terceiro e no quarto dias, sirva
50% de cada; no quinto e no sexto dias, coloque 25% da ração atual e 75% da
nova; e, para finalizar, do sétimo dia em diante, deixe o animal consumir
apenas a ração nova e provavelmente ele não vá perceber a diferença.
3 - Filhotes tornando-se
adultos
Os filhotes de raças mini e
pequenas começam a transição para a fase adulta a partir dos dez meses; os de
raça média, ao 12 meses; e os de raças grandes e gigantes podem iniciar a
alimentação recomendada para cães adultos a partir dos 18 meses. “Nesse
período, é preciso fazer a troca gradual do alimento de filhote para o alimento
indicado para cães adultos, que suprirá todas as vitaminas e os nutrientes
demandados para esta fase”, explica Mariana.
No caso dos gatos, a troca
gradual do alimento de filhote para o de adulto deve ocorrer a partir dos 12
meses.
4 – Gestantes se alimentam
com ração para filhotes
Poucos sabem, mas o ideal é
que fêmeas em período de gestação (principalmente no terço final) ou lactantes
se alimentem com ração própria para filhotes.
5 – Introdução do alimento
na troca do leite para ração
Filhotes de cães e gatos com
mais de um mês de idade devem continuar sendo amamentados pela mãe até, pelo
menos, o segundo mês de vida, mas o alimento próprio para filhote (o mesmo que
a mãe estiver comendo) também deve ficar disponível, sempre numa tigela
baixinha para que tenha acesso. No tempo deles, terão interesse e comerão o
tanto que quiserem dessa ração, complementando o aleitamento. Nessa fase, o
organismo do filhote “diz” o que precisa e, naturalmente, eles estarão hábeis a
digerir a ração.
6 – Cães e gatos também têm
rotina alimentar
Assim como os humanos, os
animais também se adaptam à rotina. É sempre bom ter atenção para que a
alimentação se mantenha nos mesmos horários. O organismo se prepara para aquela
refeição mesmo antes de ela ser fornecida. Algumas
enzimas gástricas são liberadas e os estímulos neurológicos também. Para gatos,
é ainda mais importante, pois influencia no pH urinário. Por isso, é
recomendável fornecer a quantidade diária de alimento dividido em duas ou três
vezes, especialmente para os glutões.
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