Alguns
hábitos desta estação do ano favorecem a proliferação de fungos
É só as temperaturas caírem
para aumentar o uso de sapatos fechados, meias e roupas sintéticas. O problema
é que esses hábitos, muito comuns no inverno, favorecem o aparecimento de
problemas como micose, uma infecção de pele causada por fungos. Isso acontece
porque o calor e a umidade formam um ambiente ideal para a proliferação destes
micro-organismos.
Além disso, nesta estação, as
pessoas costumam tomar banhos mais quentes e se enxugar mais rápido por causa
das baixas temperaturas, deixando de secar algumas partes do corpo
adequadamente, entre os dedos dos pés, por exemplo. Segundo a Dra. Samar
Mohamad El Harati, dermatologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim,
além dos pés, que são a ocorrência mais comum, as micoses também podem se
manifestar nas axilas e na virilha.
Para evitar, é ideal se secar
mais cuidadosamente depois do banho e usar roupas de algodão, que absorvem o
suor. “É preciso enxugar bem entre os dedos do pé. Se precisar, pode até usar
um secador de cabelos. Se for utilizar uma roupa de lã ou lycra, é bom usar uma
malha de algodão embaixo”, recomenda a especialista.
Também é importante evitar
usar sapatos fechados e meias sintéticas durante o dia todo e deixar os
calçados em local aberto e ventilado antes de guardá-los. “Quanto mais o ar
estiver circulando, menor o risco de pegar micose, porque o fungo gosta desse
ambiente quente e úmido”, explica a dermatologista.
Os principais sintomas da
micose são coceira, descamação e vermelhidão. Ainda podem aparecer fissuras,
principalmente nos pés. De acordo com a médica, essas fissuras são uma evolução
da micose e podem causar até uma infecção bacteriana se não forem tratadas de forma
correta. Por isso, o médico é quem deve fazer o diagnóstico e o tratamento.
O procedimento depende da
localização e da extensão da micose. Em geral, ele pode ser feito com pomada,
que deve ser utilizada por no mínimo 30 dias. “A pele demora 21 dias para se
renovar, então precisa tratar por pelo menos um mês para o paciente não achar
que melhorou e a infecção acabar voltando”. Se a extensão for maior e o quadro
for mais duradouro, o paciente pode precisar tomar remédios orais.
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