Mais de 30 países fazem parte da
iniciativa da American Infertility Association, incluindo o Brasil. Em todo o mundo,
mais de 80 milhões de pessoas são inférteis
A
preocupação com a fertilidade sempre existiu. Há alguns anos, ter filhos era
sinal de um casamento bem sucedido e de uma família estruturada. O pensamento e
o conceito mudaram um pouco com o passar dos anos. Mesmo assim, e em um cenário
em que as mulheres postergam a gravidez, os cuidados em relação à saúde fértil
devem ser lembrados. Não é por menos, já que 80 milhões de pessoas em todo o
mundo são inférteis, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Foi com
essa percepção de necessidade de conscientização que, em 2002, a American
Infertility Association (AIA) tornou junho o Mês Mundial da Infertilidade.
Mais
de 30 países no mundo participam da iniciativa. Além de informações sobre os
procedimentos da medicina reprodutiva, a ação alerta sobre o tratamento de
doenças que afetam o sistema reprodutor, como a endometriose e a Síndrome dos
Ovários Policísticos (SOP). “Se muitas das mulheres acometidas por essas
doenças podem ser mães hoje, é por conta dessa conscientização”, observa a Dra.
Thais Domingues, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington. “Há
vinte anos, poucos buscavam auxílio de profissionais especializados. Era tabu e
não havia tanto conhecimento”, reconhece. “Superamos diversos estigmas e a
desinformação é bem menor, o que nos possibilitou atender mais pessoas e ajudou
a vencer uma série de preconceitos”.
Outro
ponto positivo destacado pelo médico é a maior conscientização sobre a
infertilidade decorrente dos tratamentos do câncer. “O número de pacientes
encaminhadas para preservar a fertilidade ainda não é o ideal, mas já é muito
maior do que à época das chegadas das técnicas ao Brasil”, avalia a médica.
Uma
mulher de 40 anos tem chance 80% menor de ser mãe quando comparada a uma de 35
anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revelam
que o número de casais sem filhos foi de 14,6% a 19,4%, de 2004 a 2013, e o
índice de casais com filhos caiu 7%, chegando a 43,9%.
Outro
dado do IBGE que desperta atenção é a taxa de fecundidade - o número médio de
filhos por mulher em idade fértil foi de 2,39, em 2000, para 1,72 em 2015. Na
década de 1960, era de 6,3. Para a Dra. Thais, “a sociedade mudou e, com isso,
a gravidez se tornou mais tardia no planejamento familiar, o que torna a
reprodução assistida e as alternativas para preservação de fertilidade, como o
congelamento de óvulos ou de tecidos ovarianos, muito úteis”.
O
Grupo Huntington apoia a ação e utilizará suas mídias
sociais e site
para fazer parte do Mês Mundial da Infertilidade, disponibilizando informações
conteúdos específicos para o período aos interessados.
Huntington
Medicina Reprodutiva - www.huntington.com.br
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