segunda-feira, 27 de junho de 2016

Mangas volumosas e bufantes marcaram presença nos desfiles nacionais e internacionais e reaparecem como tendência em 2017



 

A enorme variedade de modelos de mangas pode ajudar na escolha do modelo na hora de montar uma peça. Natalina Porto, professora do Núcleo de Modelagem da Sigbol Fashion, fez uma viagem no tempo e foi buscar na história da moda os diferentes tipos de mangas, com recortes e modelagens bastante diferenciadas, tanto nas roupas masculinas quanto nas femininas.

Se no passado elas fizeram sucesso, as mangas continuam enfeitando vestidos, camisetas, camisas, macacões, agregando valor às roupas e voltam com tudo no próximo outono inverno. A marca Chanel foi uma das primeiras a apostar nesta modelagem.

Cada manga possui características próprias e modelos específicos, mas alguns modelos são mais usados na confecção atual, embora existam muitos outros tipos de mangas como a drapeada, a dobrada, a tulipa, a anjo, a borboleta, a asa franzida e a camponesa.

Confira as mais usadas:

Manga Raglan 
No molde, a linha de encaixe deste tipo de manga é em diagonal, o que também se faz na hora de montá-la. Ela deixa uma aparência de recorte na peça, e fica ótima em diversos tipos de tecidos e modelos.

Sua inserção se dá logo na altura da gola da blusa ou do casaco, conferindo um visual menos estruturado às roupas. O modelo surgiu no século XIX e ainda é utilizado atualmente.

Manga Boca de Sino
Esta manga lembra a calça boca de sino, ela começa justa do começo do ombro e vai aos pouco aumentando, ficando mais larga até o punho. Esse modelo é encontrado bastante em peças medievais.

Manga 3/4
Ela vai até o meio dos braços, e pode ser feita dos mais variados jeitos e em variados tipos de modelos. Modelo de manga no qual a construção inicia no ombro e segue até a altura do cotovelo.

Manga Japonesa
A manga japonesa é traçada junto ao molde do corpo da peça. Ela é mais vista em um tamanho pequeno e discreto, mas pode ser feita também em tamanho maior e mais larga. São curtas geralmente, é feita a partir do prolongamento do ombro, não possui cava e é usada com mais frequência nas roupas femininas.

Manga Bufante
Caracterizada por possuir um franzido na altura do ombro, do punho ou em ambas as partes, criando um efeito de volume. Este modelo de manga é usada desde o século XV por homens e mulheres. Nos dias de hoje ainda está presente em algumas peças do vestuário feminino.

Manga 7/8
Ela vai até o meio do antebraço, e pode ser feita dos mais variados jeitos, nos mais variado estilos de modelos.

Manga aba /copinho
Manga triangular e pequena, que forma uma aba rígida ou também pode cair sobre os braços, para uma pequena proteção. Foi muito usada em vestidos e blusas de verão do século XX.

Manga balão
Manga com grande volume na parte superior do braço e justa do cotovelo ao pulso, popular no século XIX. O tecido precisa ser mais encorpado para manter o efeito, fica lindinha em peças infantis, e em peças delicadas.

Manga bispo
Manga comprida, franzida abaixo do cotovelo, que pode ser presa ou solta na altura do punho. Foi muito popular nos meados do século XIX e desapareceu da moda na década de 70.

Manga morcego
É cortada como a extensão do corpete de um vestido, casaco ou blusa. A manga dólmã não possui recorte no ombro e cria uma cava profunda e larga, que se afunila da cintura ao punho. Também chamada de manga morcego se assemelha à asa do animal que leva o mesmo nome, foi muito popular na década de 30 e 70. É um modelo de manga bem alternativo e fica ótimo em peças com um ombro só,  geralmente inteiriça. A manga reapareceu em criações de estilistas recentemente.

Manga presunto
Manga justa do punho até o cotovelo, que cria volume do cotovelo ao ombro, onde é pregueada ou franzida e presa ao vestido ou blusa. Foi muito usada no final do século XIX e voltou à cena no final da década de 60, início de 70, com o retorno do estilo eduardiano Fica linda em vestidos acentuados. O nome origina-se pelo formato da manga, que dá a impressão de um “presunto com osso”.

Manga quimono
Manga que é extremamente larga, presa em uma cava profunda e vai da cintura ao ombro. São usadas em casacos, vestidos, malhas e jaquetas desde o século XIX.

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