Quem explica é a
nutricionista Flavia Salvitti
Manter hábitos
saudáveis é uma tendência global cada vez mais presente no Brasil. E, quando o
assunto é alimentação, o vegetarianismo também ganha força: mais de 15 milhões
de brasileiros já se declararam adeptos à alimentação livre de proteína animal,
segundo dados do Ibope.
Ainda que para muitos a
escolha não esteja somente associada à comida, mas sim a uma filosofia de vida,
é preciso atenção na hora de mudar os hábitos alimentares. A nutricionista
Flavia Salvitti, do hospital San Paolo, pontua o que é preciso saber antes de
aderir ao vegetarianismo para não prejudicar a saúde.
1 – É necessário se adaptar
Segundo a nutricionista, a eliminação da proteína animal da
dieta é uma novidade para o corpo. “Por isso, o ideal é não cortar de uma única
vez, mas ir eliminando o alimento aos poucos para condicionar o organismo ao
novo hábito”.
2- A substituição deve ser levada a sério
As indicações de suplementação devem ser feitas sempre por um
profissional da área, que levará em conta uma série de informações e
antecedentes do paciente. “Normalmente, caso a pessoa não tenha nenhuma
particularidade, os alimentos indicados são proteína texturizada de soja,
milho, grão de bico, lentilha, feijão, soja em grão e frutas oleaginosas, como
nozes, castanha-do-Pará e castanha-de-caju. Essas frutas são para suprir a
falta de gordura, por isso o consumo deve ser moderado, em uma média de três
unidades por dia”, explica Flávia.
3 – É preciso disciplina
A especialista revela que os vegetarianos que consomem a
proteína animal por meio de ovos e leites conseguem ter uma fonte com algum
valor biológico, mas não na quantidade ideal. “A dieta vegetariana também
sugere refeições de três em três horas e um equilíbrio no cardápio. A ausência
da vitamina B12, por exemplo, normalmente encontrada na proteína animal, faz
parte da produção das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), e a sua carência
pode causar anemia, principalmente nas mulheres, que já perdem sangue
naturalmente por conta da menstruação”, finaliza.
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