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Relatório mostra que as chuvas contribuíram para
que o inverno de 2015 fosse o mais favorável à dispersão de poluentes dos
últimos 10 anos
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Os níveis dos poluentes atmosféricos monóxido de
carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO2) registrados pela Cetesb na Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP) em 2015, apesar da expansão da frota automotiva,
estão entre os mais baixos da década. Também, ao longo do ano passado,
observou-se que as concentrações médias de partículas inaláveis (MP10), tanto
na RMSP como na maioria das estações da Companhia no Estado de São Paulo,
foram inferiores às medidas em 2014. Estas e outras informações importantes
se encontram no novo relatório anual de qualidade do ar disponibilizado no
site da Cetesb.
O relatório mostra que o ano de 2015 foi chuvoso,
e de maneira geral, as precipitações foram, na maior parte do tempo,
superiores às médias climatológicas, o que contribuiu para que o inverno de
2015 possa ser considerado o mais favorável à dispersão de poluentes dos
últimos dez anos, tendo influência nas concentrações de poluentes avaliados
como o MP10, SO2 e CO.
Assim, como já mencionado, na RMSP, os níveis de
CO e SO2 encontrados estão entre os mais baixos dos últimos 10 anos,
apesar da expansão da frota de veículos, mostrando a eficácia dos diversos
programas de controle adotados e a influência das condições meteorológicas.
Também no ano passado, registrou-se concentração média anual de partículas
inaláveis (MP10), na RMSP, de 31 microgramas/m³, sendo inferior à observada
no ano anterior (36 microgramas/m³). Com relação a este poluente, as
concentrações médias tendem à estabilidade nessa região, indicando que, mesmo
com as emissões dos veículos novos cada vez mais baixas, essas são
suficientes apenas para compensar o aumento da frota e o comprometimento das
condições de tráfego.
As concentrações médias de MP10, na maioria das
estações de monitoramento no estado, foram igualmente menores do que as
observadas em 2014. Mesmo assim, em algumas estações da RMSP, do Interior e
da Baixada Santista, houve ultrapassagens dos padrões de material particulado
(MP).
A condição de maior pluviosidade durante o ano
também não foi suficiente para evitar a ocorrência de episódios de altas
concentrações de ozônio (O3), em alguns locais do estado, principalmente nos
meses de janeiro, setembro e outubro.
Na RMSP, que apresenta alto potencial de formação
desse poluente devido principalmente às emissões veiculares, foram
registradas ultrapassagens do padrão estadual de oito horas (140 µg/m3) em 36
dias, contra 43 dias em 2014 e 13 dias em 2013. Não há uma tendência de
comportamento definida para este poluente.
Na Baixada Santista e Interior do estado, houve
ocorrências de ultrapassagem do padrão estadual de O3 na maioria das
estações, exceto em Araçatuba, Araraquara e Presidente Prudente e nas
estações de Marília, São José dos Campos-Jd. Satélite e Taubaté, que não
monitoraram esse poluente durante todo o ano.
Em termos gerais, os níveis observados para
diversos poluentes, em 2015, foram menores do que os do ano anterior,
entretanto o estado de São Paulo ainda apresenta áreas, nas quais se inclui a
RMSP, em que níveis de poluição para alguns poluentes não atendem aos padrões
ambientais desejáveis para proteção da saúde humana e do meio ambiente.
Assim, visando ao controle da poluição
atmosférica e à redução dos níveis observados, a Cetesb desenvolve uma série
de programas e atividades, dentre as quais destacam-se o Plano de Controle de
Poluição Veicular (PCPV), o Plano de Redução de Emissão de Fontes
Estacionárias (PREFE), a fiscalização e controle das emissões industriais e o
programa de fiscalização de fumaça dos veículos a diesel.
Além disto, de forma a aprimorar o diagnóstico
ambiental no Estado, em 2015 foi iniciada a operação de seis novas estações
automáticas de monitoramento da qualidade do ar. Essas estações foram
instaladas em Campinas-Taquaral, Campinas-Vila União, Guarulhos-Pimentas, São
José dos Campos-Jardim Satélite, São José dos Campos-Vista Verde e Taubaté,
que em conjunto com as existentes compõem a Rede Automática, totalizando 58
estações. Já a Rede Manual contou com 29 pontos de monitoramento.
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