segunda-feira, 30 de maio de 2016

Má gestão do setor faz consumidor pagar maior custo de energia até 2020





Atualmente em pauta, o governo federal, por intermédio do CMSE - Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico -, discute uma possível modificação no acionamento das termelétricas, que pode resultar em custos de energia mais amenos aos consumidores. A medida, no entanto, é uma alternativa que visa reparar uma série de erros na gestão do setor energético desde setembro de 2012, período pré-eleitoral no Brasil, com a edição da Medida Provisória 579.

No período, sinalizou-se aos consumidores a possibilidade de diminuição de cerca de 20% nos gastos com energia, que incentivou fortemente o consumo nas residências, indústrias e comércios. De acordo com a avaliação da Tradener, comercializadora de energia, no mercado livre, a sinalização dada ao mercado foi equivocada, pois o período demandava atenção e economia por parte dos consumidores para a preparação a um possível racionamento.

Com o aumento expressivo da demanda por energia, houve o acionamento de térmicas caras a fim de suportar a energia demandada e evitar o período de racionamento.
"O prolongado despacho fora da ordem de mérito econômico com um sinal econômico de preços errado trouxe enorme prejuízo a todos os consumidores de energia, que tiveram que pagar (e ainda estão pagando) incalculáveis encargos à título de segurança energética. Realmente não tivemos racionamento, mas a um custo infinitamente maior, que está atualmente sufocando as empresas que conseguem sobreviver aos caos econômico do país", explica Walfrido Avila, presidente da Tradener.

De acordo com o executivo é fundamental que qualquer despacho dentro ou fora do mérito econômico componha o preço spot (PLD) a fim de sinalizar economicamente o preço ao mercado de energia. "E foi o que não ocorreu durante estes anos. Estamos tendo, por exemplo, despachos de R$150/MWh com o preços da ordem mínima de R$70/MWh, mais de 100% superior. Também já tivemos térmicas acima de R$1.000/MWh sendo despachadas enquanto os PLD's eram bem baixos. São medidas que causaram enormes distorções durante muitos anos e uma conta gorda para os consumidores pagarem até 2020", comenta.

Para as próximas movimentações do mercado são esperadas, dentre muitas outras, modificações nas formas de precificação dos custos de energia - tema incluso no projeto de lei 1917 de portabilidade na conta de luz, já que, atualmente, a sistemática com base no custo marginal de operação não tem sido cumprida, causando altos custos aos consumidores livres e cativos.



Tradener: é uma das maiores comercializadoras independentes de energia elétrica e gás natural do país, com foco nos consumidores livres de energia elétrica e produtores independentes. Pioneira no segmento desde 1998, foi a primeira empresa do Brasil autorizada pela Aneel a comercializar energia com consumidores livres e geradores no ambiente de contratação livre. Com investimentos em geração renovável, a companhia está no ranking das maiores e melhores empresas do Brasil. É reconhecida pela Valor 1000, Exame, Estadão, além de rating A (BRA) pela agência Fitch Ratings.  www.tradener.com.br


           


            

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