Patologia
é considerada a doença da mulher moderna e atinge cerca de seis milhões de
indivíduos no Brasil
No
próximo dia 28, comemora-se o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher.
Um dos maiores problemas femininos é a endometriose. De acordo com a Associação
Brasileira de Endometriose (SBE), a patologia afeta cerca seis milhões de
brasileiras. Ainda segundo a SBE, entre 10% a 15% das mulheres em idade
reprodutiva (de 13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% têm chances de ficarem
inférteis.
Dr. Renato de Oliveira,
ginecologista especialista em reprodução humana da Criogênesis, explica que a
endometriose é ocasionada quando o endométrio, tecido que reveste o útero,
encontra-se fora da cavidade uterina. “O endométrio é a parte interna do útero
que cresce ao longo do ciclo menstrual da mulher visando a implantação do
embrião e, consequentemente, a gravidez. Quando isto não ocorre, ocorre sua
descamação a qual é denominada menstruação. Algumas vezes, esse
revestimento se implanta nos ovários, peritônio, tubas uterinas, intestino,
bexiga e, até mesmo, no próprio útero, dentro do músculo, podendo ocasionar dor
em decorrência do sangramento fora do útero, diarreia ou perda de sangue na
urina no período menstrual, além de aderências entre os órgãos abdominais”.
A doença pode ocorrer desde a primeira
menstruação até a última, sendo as cólicas menstruais o principal sintoma,
atrapalhando, em alguns momentos, a realização das atividades rotineiras, além
de dores durante a relação sexual. “A classificação mais utilizada para
endomtrioe é a proposta pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e
considera 4 graus conforme a visualização da extensão da doença. porém, deve-se
ressltar que não há uma correlação direta entre grau da endometriose e presença
de dor, ou seja, uma paciente com endometriose grau IV pode ser assintomática,
enquanto aquela com grau I pode referir dor incapacitante”, esclarece Dr.
Renato.
INFERTILIDADE
Uma das principais preocupações das pacientes
diagnosticadas com endometriose é a infertilidade. “Dentre as causas de
infertilidade por fator feminino, 20% ocorrem pela endometriose. A grande
questão é identificar qual paciente com endometriose conseguirá obter uma
gravidez espontaneamente, uma vez que nem todas as pacientes com diagnóstico
desta doença será infértil. Além disso, quando se fala em infertilidade, não
podemos esquecer do importante impacto da idade na capacidade reprodutiva, uma
vez que após os 35 anos. de um modo geral, a fertilidade feminina tende a
diminuir naturalmente. Assim, o diagnóstico de endometriose deve ser um alerta
para não postergar muito o desejo de procriação”, alerta.
Se a mulher com endometriose deseja
engravidar, é indispensável procurar um especialista e conhecer os tratamentos
adequados. Os métodos de reprodução assistida, por exemplo, são alternativas
para a realização da maternidade.
“No caso da inseminação intrauterina, a
estimulação ovariana pode corrigir a disfunção ovulatória, facilitando a
formação do embrião. Já a fertilização
in vitro (FIV), técnica na qual o encontro dos gametas femininos e
masculinos ocorre fora do organismo, ou seja, no laboratório, existe a
possibilidade da formação de um maior número de embriões, independe da
existência da endometriose”, finaliza o médico.
Criogênesis - www.criogenesis.com.br
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