Muito
conhecido pelo sintoma de tontura que o quadro popularmente conhecido como
labirintite apresenta, o distúrbio do equilíbrio pode ser resultado de
alimentação incorreta, consumo excessivo de cafeína, tabagismo, jejum
prolongado, abuso de medicamentos, entre outros. Mais frequente em mulheres e
idosos, pode vir acompanhado também de sintomas como sudorese, náuseas e
vômito, zumbidos nos ouvidos, desequilíbrio e alteração na audição.
"Quando falamos em labirintite, estamos
pensando na inflamação ou infecção do labirinto - estrutura interna do ouvido
-, que é pouco frequente. A popularmente conhecida pelas tonturas e náuseas
causadas, na verdade, é a labirintopatia ou distúrbio do equilíbrio, que pode
vir ou não acompanhada de sintomas", explica Maria Cecília Greco,
fonoaudióloga e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo.
Cerca de 30% dos brasileiros sofrem com o distúrbio
do equilíbrio, segundo última constatação, em 2014, da Sociedade Brasileira de
Otologia (SOB). Em sua maioria, estão pessoas entre 40 e 60 anos.
"Muitos problemas metabólicos podem
desencadear tonturas e afetar o labirinto. Nem sempre isso significa
labirintite ou labirintopatia. Para a confirmação do diagnóstico, é necessário
que se faça o levantamento do histórico daquele paciente, se tome conhecimento
dos sintomas e da frequência com que ocorrem, além de alguns exames, entre eles
o otoneurológico", comenta a professora.
Para o tratamento, é necessário acompanhamento do otorrinolaringologista
juntamente com medicamentos e dieta rigorosa. Em alguns casos, a labirintopatia
demanda cirurgia ou reabilitação vestibular.
A professora Maria Cecília finaliza,
comentando que em crises do distúrbio do equilíbrio é necessário que o paciente
recorra imediatamente ao pronto-socorro para o atendimento adequado durante
aquele período.
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo - www.fcmsantacasasp.edu.br
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