quarta-feira, 6 de abril de 2016

Jovens que fazem espermograma podem prevenir infertilidade no futuro



Exame pode criar histórico do paciente, revelar alterações na fertilidade e avaliar possibilidades de tratamento para o futuro

O espermograma é o principal exame para avaliar a fertilidade masculina. É realizado, na maioria das vezes, após um pedido médico, quando já existe alguma condição física, imunológica ou genética que possa ocasionar infertilidade. Esse, no entanto, não é o cenário ideal. A simples mudança de hábito do homem poderia evitar graves problemas futuros. Por volta dos 18 anos (na chamada ‘maturidade hormonal’) um espermograma poderia detectar alguma alteração na fertilidade, melhorando as chances de reversão e tratamento. A questão, porém, ainda é um tabu.

“Quando a mulher tem sua primeira menstruação, ela vai direto ao ginecologista. Quando o homem inicia sua vida sexual, ele não vai. Não é comum que busque saber se a qualidade dos espermatozoides é boa e se tem algo impedindo o bom funcionamento dos testículos”, explica o Dr. Mauro Bibancos, especialista em reprodução humana do Grupo Huntington. “Por isso, temos todo o histórico da mulher à disposição, desde sua adolescência. Do homem, não. Sem esse histórico de fertilidade, não temos como saber a causa do problema inicial e seu tratamento exato”.


Se um paciente realiza um espermograma aos 18 anos e outro aos 35 anos, por exemplo, é possível que analisar se o quadro é normal, se houve queda da produção ou se o paciente sempre teve esse perfil. “Esses diagnósticos precoces seriam cruciais para definir o melhor caminho para um tratamento. O que precisamos é da conscientização da importância desse exame, que é rápido, simples, e pode gerar grandes bens aos pacientes”, observa.

O procedimento e seus resultados

Não há contraindicações para a realização do espermograma, que pode ser feito por qualquer homem em idade reprodutiva. Também não há restrições alimentares, apenas a necessidade de abstinência de dois a cinco dias sem ejaculação - não apenas no sexo, mas também na masturbação.

O exame é simples e rápido. A coleta dos espermatozoides ocorre por meio de masturbação e a amostra é enviada ao laboratório, onde são realizadas análises da concentração, volume, motilidade (capacidade de movimentar-se), acidez, vitalidade e morfologia (forma física dos espermatozoides). Normalmente, pedem-se duas coletas, com intervalo de 15 dias, para que haja comparação de resultados. Um terceiro exame pode ser pedido, caso existam muitas alterações nos primeiros.

O que pode mostrar o espermograma?
  • Hipospermia (baixo volumepor ejaculação);
  • Azoospermia (ausência de ejaculação);
  • Oligozoospermia (poucos espermatozoides no sêmen);
  • Astenozoospermia (problema na motilidade dos espermatozoides);
  • Necrozoospermia (quando há muitos espermatozoides mortos);
  • Excesso ou falta de acidez (pH);
  • Infecções nas glândulas anexas;
  • Disfunção e inflamações da próstata e vesículas seminais;

Quando o exame é realizado no início da vida sexual e algum desses problemas é detectado, o tratamento já pode ser realizado e é mais efetivo, em comparação a um feito em idade avançada, com o problema já estabelecido. “Essa ação pode ajudar a prevenir vários problemas no futuro, entre eles, a dificuldade em ter filhos. A mudança de comportamento do homem jovem é importantíssima”, explica o Dr. Bibancos.

O especialista ressalta que muitos homens não fazem o espermograma porque acreditam que não seja um exame necessário - ou até mesmo por preconceito. “É importante lembrar: a infertilidade não tem a ver com ereção. Há homens com disfunções eréteis que são férteis e homens que têm ereção normal, mas têm dificuldades de gerar uma gravidez”, finaliza o especialista.


Huntington Medicina Reprodutiva -www.huntington.com.br.

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