|
No Brasil, 10,2% dos trabalhadores estão fora
do mercado. Em termos nominais, são 10,4 milhões de pessoas desempregadas,
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
|
Com a crise econômica,
o desemprego tem crescido assustadoramente. O excesso de profissionais e
a existência de poucos postos de trabalho, num ambiente de economia
combalida, fazem com que as perspectivas para a recolocação tornem-se cada
vez mais difíceis.
Segundo o psicólogo e
professor da Faculdade Santa Marcelina (FASM) Breno Rosostolato, na tentativa
de “driblar a crise” e reverter a situação, o ideal é que o profissional
invista continuamente em sua carreira, aprimorando alguns aspectos básicos,
mas que podem ser decisivos em um processo seletivo.
Ele salienta que
algumas habilidades, como desenvoltura, facilidade para se expressar,
capacidade para trabalhar em equipe, flexibilidade e empatia, são observadas
no processo de seleção.
“Durante a
entrevista, é necessário recapitular as situações mais importantes da vida
profissional, demonstrando os feitos e os bons resultados obtidos na
carreira. Caso o candidato não tenha experiência profissional, é muito
importante que cite situações vivenciadas na faculdade, viagens, intercâmbio
e cursos, além de mencionar experiências que possam ressaltar suas aptidões.
É necessário ser ser positivo e otimista nas falas”.
De acordo com o
especialista, para que o candidato tenha sucesso ao participar de uma
dinâmica (processo seletivo interativo e em grupo), o ideal é que seja
natural, participativo e que escute o que os outros concorrentes dizem e
sugerem, a fim de melhorar a sua participação, evitando cometer erros e
deslizes.
“A interação com
outras pessoas, os papéis adotados pelo grupo (líder, porta-voz, mentor etc),
as estratégias que cada um adota para resolver problemas e conflitos e a
maneira como se expressa são observadas e cruciais em um processo seletivo”.
O psicólogo também
destaca que os cursos voltados à formação acadêmica, de atualização e
idiomas, bem como estabelecimento de conexões por meio de uma rede ativa de
relacionamentos, o famoso network, sempre são úteis na hora da
relocação e em caso de uma futura demissão. Ainda conforme salienta,
dependendo da profissão pretendida, existem diversas ferramentas que podem
ser úteis na hora de procurar um novo emprego, como a contratação
de um headhunter, que possa auxiliar no retorno ao mercado
de trabalho, um mentoring ou coaching e a possibilidade de procurar órgãos como a Central de Trabalho e
Renda da CUT (Central Única dos Trabalhadores), a realização de cursos onlines,
com temáticas como: etiqueta para entrevista, reformulação do currículo,
empreendedorismo, finanças pessoais, dentre outros, além de uma conta
no Linkedin, e o cadastro em sites e agências de empregos, que
facilitará a busca dos empregadores.
Outro aspecto
importante que faz toda diferença na hora de garantir uma vaga de emprego,
segundo o especialista, é a escolha adequada do traje usado durante as
entrevistas, dinâmicas e testes, além da demonstração de cordialidade,
gentileza e sinceridade da pessoa avaliada.
“O candidato deve ter
cuidado com a escolha da roupa. O correto é optar por algo mais sereno,
discreto e confortável. Cores neutras, formas simples e boa apresentação são
fundamentais. Ser educado e gentil são gestos essenciais. Afinal, geralmente
o candidato é avaliado desde que chega na recepção da empresa/ e ou
organização. Não mentir no currículo, além de ser ético, é importante para a
carreira e a manutenção do emprego.
Segundo frisa o
psicólogo, outro cuidado é com o conteúdo postado nas mídias sociais. “Muitas
empresas estão verificando os conteúdos postados pelos candidatos a empregos
nas redes de relacionamento online”.
O ideal é saber que,
embora o mercado de trabalho esteja em crise, sempre terá espaço o bom
profissional, competente, com vontade de trabalhar e munido de informações e
orientações.
|
▼
Nenhum comentário:
Postar um comentário