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Em 31 de março, Dia Mundial da Saúde e
Nutrição, liberte-se da ditadura do desânimo e dos maus hábitos alimentares e
faça uma revolução em sua qualidade de vida. Esta data faz parte do
calendário do Ministério da Saúde e deve levar a todos à reflexão sobre suas
escolhas alimentares, pois saber comer e dar relevância ao que se come é
fundamental, já que uma alimentação adequada preveni doenças e são justamente
as escolhas alimentares um dos fatores que estão relacionadas à qualidade de
vida. É sempre bom ratificar a consciência de que, na democracia de nós
mesmos, temos todo o poder de decisão!
No cenário atual do Brasil em que mais de
80% das mortes são por doenças crônicas não transmissíveis, em especial aquelas
relacionadas de fatores como hipertensão arterial sistêmica, obesidade,
aumento dos níveis de glicose sanguíneos, desregulação dos níveis de gordura
no sangue (dislipidemias), dentre outros, torna-se importante de uma mudança
nos hábitos e atitudes de forma efetiva, sobretudo com relação à alimentação.
Em São Paulo, cerca de 30% das mortes ocorrem por doenças cardiovasculares e,
um dado que vale a pena ser lembrado é que, com o envelhecimento
populacional, as pessoas comumente desenvolvem outras doenças que agravam sua
saúde e acabam por piorar sua qualidade de vida, doenças essas que também
apresentam relação direta com a alimentação tais como osteoporose e câncer.
A adoção de uma nova postura, associada a
hábitos alimentares saudáveis, prática regular de atividade física, cessação
de tabagismo e gerenciamento de estresse, podem evitar diversos fatores de
risco na população como obesidade, elevação nos níveis da pressão arterial,
alteração nos níveis de glicose sanguínea, entre outros.
O consumo frequente de alimentos
industrializados com alta densidade calórica, como os fast-foods, refrigerantes,
salgadinhos, biscoitos recheados, juntamente com a omissão de refeições e a
baixa ingestão de frutas, legumes e verduras, são prejudiciais para uma boa
nutrição.
Um estudo apresentado pelo jornal The
Lancet Global, apresentou o panorama da alimentação mundial. Segundo o
estudo, as nações menos desenvolvidas economicamente foram aquelas que
consumiam mais frutas, verduras, castanhas e grãos integrais, alimentos sabidamente
benéficos para a saúde, em especial para a saúde cardiovascular por conterem
fibras e outros nutrientes que atuam na prevenção e também como adjuvantes no
tratamento das doenças como diabetes, pressão alta e obesidade. Na outra
ponta, as nações menos desenvolvidas consumiram mais alimentos
industrializados e do tipo junk
food, tendo, portanto, uma dieta empobrecida do ponto de vista
nutricional.
Vale ressaltar que dietas da moda como
Dieta Dukan, South Beach, Proteína, Sopa, Shakes não estimulam mudança de
padrão alimentar de forma efetiva, visto que a pessoa não conseguirá manter o
padrão estabelecido pela dieta por longo prazo. Mudanças de padrão alimentar
que englobam os modelos de dietas propostos como
“Dieta Mediterrânea”,
“Pirâmide Alimentar”, são padrões alimentares que estabelecem modelos de
estilos de vida. Entende-se aqui que a pessoa não está fazendo dieta e sim
mudando padrão alimentar. O conceito é diferente entre dieta e mudança de
padrão alimentar. No primeiro a pessoa irá mudar por um curto período, sem
conseguir sustentar a longo prazo, enquanto que no segundo ela irá fazer uma
mudança efetiva de seu comportamento, levando essas mudanças para sua vida
toda.
O acompanhamento de um profissional
nutricionista capacitado é de fundamental importância para que esta mudança
se torne prazerosa e seja conduzida de maneira eficaz. É importante manter
uma rotina de vida saudável, sem traumas para que então a qualidade de vida
se estabeleça plenamente.
Desejo a todos um Feliz Dia da Nutrição e Saúde!
Cibele Regina
Laureano Gonsalves - Diretora do Departamento de Nutrição da SOCESP
(Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).
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SOCESP – SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO
ESTADO DE SÃO PAULO
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