quinta-feira, 24 de março de 2016

Recessão diminui o consumo de ovos de Páscoa






Alta dos preços dos ovos de Páscoa tendem a prejudicar o giro da economia

Até o coelhinho da Páscoa, está sofrendo com a alta dos preços. Segundo levantamento da Fundação Procon de São Paulo, os preços dos ovos de Páscoa variam até 125,48%. Sendo que, na comparação da data comemorativa no ano anterior, em média houve um aumento de 30,75% nos preços dos ovos de chocolate.
Conforme Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), o aumento dos juros e a inflação são um dos vilões que acabaram provocando o aumento dos preços. Na visão do contabilista, o Governo é um dos principais culpados pela situação que inviabilizará o consumo amplo de ovos de Páscoa.

“O aumento médio vai reduzir o consumo dos ovos de chocolate já que a subida dos preços e o desemprego acabam diminuindo a capacidade de compra. De acordo com o IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a mudança da carga tributária que representava R$ 0,10 por kg de chocolate agora representa 5% da venda, sendo que, a média de tributos pagos no chocolate atinge aproximadamente 38,6%, prejudicando as compras – afirma o especialista.

Para driblar a crise, a indústria e o comércio varejista cada vez mais procuram meios criativos a fim de estimular a venda dos produtos.
Os estabelecimentos comerciais, incluindo supermercados e grandes redes vajeristas, na busca de alternativas para manutenção das vendas, mesmo que sejam com preços menores, oferecem descontos, produtos com brindes, surpresas, brinquedos e muito mais. Para estimular a compra dos produtos, alguns estabelecimentos já praticam até mesmo o parcelamento em dez vezes.

Conforme Reginaldo, embora a alternativa seja viável para o comércio, com a economia combalida, o problema não é parcelamento, mas, os acontecimentos que podem decorrer com o consumidor após a compra, como endividamento e desemprego.

De acordo com o especialista, em um momento de recessão e inflação que estamos vivenciando, o mal do governo é não ter criatividade para minimizar o impacto negativo da arrecadação com estímulo das vendas. Ele salienta que é melhor reduzir tributos com a perspectiva de aumentar a arrecadação pelo volume de vendas, mas pelo menos arrecadar, do que não arrecadar.  

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