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Alta dos preços dos ovos de Páscoa tendem a
prejudicar o giro da economia
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Até o coelhinho da
Páscoa, está sofrendo com a alta dos preços. Segundo
levantamento da Fundação Procon de São Paulo, os preços dos ovos de Páscoa
variam até 125,48%. Sendo que, na comparação da data
comemorativa no ano anterior, em média houve um aumento de 30,75% nos preços
dos ovos de chocolate.
Conforme Reginaldo
Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa
Marcelina (FASM), o aumento dos juros e a inflação são um dos vilões que
acabaram provocando o aumento dos preços. Na visão do contabilista, o Governo
é um dos principais culpados pela situação que inviabilizará o consumo amplo
de ovos de Páscoa.
“O aumento médio vai
reduzir o consumo dos ovos de chocolate já que a subida dos preços e o
desemprego acabam diminuindo a capacidade de compra. De acordo com o IBPT -
Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a mudança da carga
tributária que representava R$ 0,10 por kg de chocolate agora representa 5%
da venda, sendo que, a média de tributos pagos no chocolate atinge
aproximadamente 38,6%, prejudicando as compras – afirma o especialista.
Para driblar a crise,
a indústria e o comércio varejista cada vez mais procuram meios criativos a
fim de estimular a venda dos produtos.
Os estabelecimentos
comerciais, incluindo supermercados e grandes redes vajeristas, na busca de
alternativas para manutenção das vendas, mesmo que sejam com preços menores,
oferecem descontos, produtos com brindes, surpresas, brinquedos e muito
mais. Para estimular a compra dos produtos, alguns estabelecimentos já
praticam até mesmo o parcelamento em dez vezes.
Conforme Reginaldo,
embora a alternativa seja viável para o comércio, com a economia combalida, o
problema não é parcelamento, mas, os acontecimentos que podem decorrer com o
consumidor após a compra, como endividamento e desemprego.
De acordo com o
especialista, em um momento de recessão e inflação que estamos vivenciando, o
mal do governo é não ter criatividade para minimizar o impacto negativo da
arrecadação com estímulo das vendas. Ele salienta que é melhor reduzir
tributos com a perspectiva de aumentar a arrecadação pelo volume de vendas, mas pelo menos arrecadar, do que não arrecadar.
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