quinta-feira, 3 de março de 2016

DICAS DE LEITURA BY ÁLIDA


Martinha quer saber, e você?
Danielle Veiga de Medeiros Carvalho
Ditado por: Augusto Cezar Netto
 
Os porquês da pequena martinha
Obra infantil apresenta a conversa de uma generosa avó com a inocente neta e as curiosidades que toda criança tem
Martinha quer saber, e você?, lançamento da Boa Nova Editora, traz de forma detalhada e meiga os questionamentos da pequena Martinha para a avó. Escrito por Danielle Veiga de Medeiros Carvalho, ditado pelo espírito Augusto Cezar Netto e ilustrado por Rafael Sanches, o livro possibilita uma viagem pela curiosidade genuína que toda criança tem e a aproxima de um bate papo sincero e esclarecedor.
Aquelas perguntas comuns de toda criança, como, por exemplo, de onde viemos e como surgiram as coisas, são tratadas de forma simples e generosa com as respostas da vovó Maria. Até mesmo questões mais engraçadas, como por que as pessoas usam roupas e as árvores não, ou complexas, como a reencarnação e o plano espiritual são ilustradas e explicadas no livro.
A conversa entre a vovó Maria e Martinha acontece enquanto a mãe da menina vai ao hospital dar à luz ao seu mais novo irmãozinho, ou irmãzinha. Como conhece bem a neta, a avó já se prepara para muitas dúvidas e questionamentos.
“ – Vó, como viemos parar aqui na Terra?
- Viemos pela reencarnação. Deus, que é nosso Pai, criou nosso espírito e, quando fomos criados, não sabíamos bem das coisas. Éramos simples, como o bebê que vai nascer. Ele vai ter de aprender muitas coisas, como respirar fora do ventre de sua mãe, a mamar, a falar e, futuramente, a andar com as próprias perninhas.”
O livro Martinha quer saber, e você? é uma grande oportunidade de conversar de forma lúdica, honesta e transparente com as crianças a respeito de temas que muitas vezes acabam por ficar sem explicação. Isso porque traz explicações singelas, diretas e que, ao mesmo tempo, facilitam a compreensão
Brinquedos, Vamos Doar?
André Neves
Dois brinquedos, um palhaço e uma boneca, conduzem o fio narrativo de Brinquedos. A obra é uma publicação da Editora Mundo Mirim, que coloca o leitor em contato com duas realidades diferentes.
     A menina recebe uma boneca de presente. O menino ganha um palhaço. Mas depois de muita diversão, os dois se cansam dos brinquedos, que ficam abandonados no canto da sala. Mas qual será o destino desses brinquedos? Será que eles vão ser jogados no lixo? Essa história sensível e solidária é contada apenas pelas imagens assinadas por André Neves, no formato de livro só-imagem.
     Esta obra, que já foi selecionada para diversos programas de leituras a nível federal e estadual, como PNBE e SME-SP, retrata situações do cotidiano, o que permite à criança encontrar nas ilustrações algum detalhe que irá despertar a atenção ou que estará mais perto da realidade que conhece.
     A obra aborda temas como a desigualdade social, reciclagem, solidariedade e consumismo.
 

Guerra Das Rosas
Trindade (Vol. 2)
Iggulden, Conn
Três homens poderosos e um único objetivo: derrubar o rei

Ricardo Plantageneta, duque de York, está no poder. Agora, como protetor e defensor do reino, ele é capaz de aumentar sua influência na Inglaterra. Com os condes de Salisbury e de Warwick, ele forma uma trindade com poder inigualável. Enquanto isso, Henrique VI, rei da Inglaterra, permanece acamado. Sua doença não parece ter cura, restando à rainha Margarida de Anjou, sua leal esposa, ao espião-mor Derry Brewer e aos outros aliados do rei manterem o legado da família Lancaster.
 
 
Por que o papai ficou careca? - e Outras Perguntas Curiosas Sobre o Corpo Humano
Clarice Uba
 Partindo de perguntas corriqueiras, Por que o papai ficou careca? convida o leitor para uma viagem fascinante e cheia de humor pelos mistérios do corpo humano, em 40 páginas coloridas e altamente ilustradas. O texto é alinhado com pesquisas recentes e revisado por médicos e especialistas.
À Espera de Romeu
Lesley Livingston
 Ficção juvenil inspirada na obra de Shakespeare
 
O segundo ato da trilogia assinada por mistura fantasia e realidade tendo a peça “Romeu e Julieta” como pano de fundo
Lesley Livingston repete uma aula sobre Shakespeare em À espera de Romeu. A autora e atriz canadense une com delicadeza teatro, fantasia e as obras do bardo inglês no segundo volume da trilogia juvenil publicada no Brasil pela Editora Gutenberg. Em uma narrativa cheia de encantos, a especialista em Literatura Arturiana e Shakesperiana procura registrar em livro seus conhecimentos adquiridos nos palcos e nos estudos.
No primeiro livro, Nove noites e um sonho de outono (Editora Gutenberg, 2014), que faz referência a Sonho de uma noite de verão, é narrada a história de Kelley Winslow, uma jovem de 17 anos que se muda para Nova York e começa a trabalhar em uma companhia de teatro. Durante seus ensaios no Central Park, ela descobre um mundo literalmente mágico onde vive o lindo jovem Sonny Flannery.  A atração entre os dois é imediata e Kelley encontra a possibilidade de viver um grande amor. O que ela não espera é que isso coloque em risco os mundos real e encantado.

Em À espera de Romeu, Kelley está aprendendo a lidar com as descobertas do primeiro livro enquanto ensaia a peça Romeu e Julieta, sua nova apresentação no teatro. A jovem sente a falta de seu grande amor que ainda vive preso no Reino Encantado cumprindo seu papel de guardião do portal. Até que, por acidente, Kelley retorna para mundo mágico e reencontra o seu amado. Uma antiga e poderosa magia oculta os prende em uma teia de mentiras, onde os dois precisarão ser cautelosos para salvar o mundo mágico novamente.
A contextualização e as referências colocadas pela autora durante a trama permitem que o leitor conheça, por meio de um universo fantástico, o mundo Shakesperiano com propriedade, já que o livro pode ser considerado uma metalinguagem da vida real de Lesley Livingston. 
 
Como seguir em frente depois da traição
Heydi Voigt
Quando ela soube, ficou sem ação. Depois reagiu, contou tudo em livro e chamou o marido para assinar o epílogo
 
Umas atiram a mala cheia de roupas pela janela do apartamento, outras agridem física e moralmente, movem ações para garantir uma boa pensão e ainda as que simplesmente se calam, se submetem e, seja por qual for o motivo – e isso é muito particular -, mantêm o casamento, mesmo que de aparência. Mas tem aquelas que reagem de outra forma. Quem sabe, mais inteligente. São as que resolvem passar a história a limpo de uma maneira mais racional.
Este é o caso de Heydi Voigt (nome fictício), que escreveu um livro contanto todos os detalhes da traição que foi sendo descoberta aos poucos e ruindo com uma história que ela sempre considerou como perfeita. O marido atencioso, dedicado à família, prestativo, atleta, profissional competente e de sucesso, e ainda com uma relação afetuosa com todos os parentes. O trabalho o afastava de casa muitas vezes. A chegada do filho, também interferiu no romance. Mas daí a por em risco uma relação de parceria e companheirismo de muitos anos, foi demais para a autora.
A ideia de escrever o momento pelo qual estava passando foi indicação terapêutica. “Eu não tinha intenção de publicar. Não foi uma vingança premeditada, mas sim uma consequência da terapia”, esclarece a autora que acabou encontrando na decisão uma forma de acalmar seu coração, se reerguer, se impor novamente como pessoa. O nome é fictício, porque não teve coragem de escancarar tanto assim. Para preservar, especialmente, o filho. Mas não economizou nos detalhes capazes de identificar toda a situação, pelo menos junto aos mais próximos.
O marido? Soube de tudo desde o começo. Arrependido, assume que foi egocêntrico, inconsequente, desrespeitoso com a mulher. E, ao concordar em escrever o epílogo, não poupou em autoanálise. Afirma que não há explicação ou justificativa para tamanha falta de honestidade e de caráter, que vai lutar para minimizar a história pregressa e para reconquistá-la. Isto ainda não foi suficiente para reconstruir a relação, mas ele vai ficar tentando. E Heydi aceitou a proposta, apesar de toda a desconfiança e insegurança que minaram o conto de fadas. Assim, prefere dar tempo ao tempo e ver como isso vai ficar lá na frente.
O resultado, até aqui, está no livro “Seguindo em Frente”, com cerca de 140 páginas que são consumidas rapidamente por conta da maneira simples e honesta como Heydi Voigt relata a sua dor. Situação comum a tantas mulheres que sofrem com este baque e, por vezes, ainda são induzidas a assumir a culpa pelo suposto fracasso. Com isso, a autora quer mostrar que é possível, sim, dar a volta por cima. Que as traições acontecem e que vão continuar acontecendo, mas que o estrago sem tamanho pode orientar novos caminhos que levem a uma transformação, a uma nova vida, com o mesmo companheiro ou não.
O príncipe do prazer
Nicole Jordan
 
O marquês de Wolverton, Dare para os íntimos, é conhecido em todo o Reino Unido pela sugestiva alcunha de Príncipe do Prazer. Alto, forte, loiro e com penetrantes olhos verdes, dono de um charme arrasador e uma habilidade ímpar de lidar com cada curva do corpo das mulheres, ele tem o figurino perfeito para esse papel.
Porém, essa sua afamada expertise nada mais é do que uma fuga da dor de ter sido traído pelo grande amor de sua vida: a bela Julienne.
Sua vida tem uma reviravolta quando o caprichoso destino volta a colocá-lo frente a frente com a francesa, agora transformada em atriz famosa. Ao ser convocado para investigar um perigoso traidor da coroa, que trama em favor de Napoleão Bonaparte, ele precisará do talento para a dissimulação de Julienne para desmascarar o criminoso.
A aposta pela vida
Imaginação sociológica e imaginários sociais nos territórios ambientais do Sul
Enrique Leff

A crise ambiental emerge do fundo do total esquecimento da natureza. As fendas da geosfera, o grito da terra, a voz da Pachamama, os conflitos ambientais e os direitos dos povos têm sacudido o edifício da ciência, questionando as certezas de suas verdades objetivas e provocando as ciências sociais com novas indagações sobre os modos da existência humana e a sustentabilidade da vida.
Este livro surge dessa falha do saber que se reflete em um estranhamento: o fato de o pensamento humano ter-se afastado da imanência e do sentido da vida, submetendo-se aos desígnios de uma vontade de poder que tem sido exercida em forma de domínio da natureza e vem conduzindo à morte entrópica do planeta. A filosofia que procura ser o pensamento do ser da vida terá que orientar-se não nas inércias da razão iluminada, mas da sensibilidade humana em relação às condições ecológicas do planeta e o sentido da vida. A sociologia da questão ambiental não se move pelo desejo de fundar um paradigma, mas pela inquietação de decifrar um enigma: como foi possível que o pensamento “ocidental” se afastasse das próprias condições de existência da vida. A sociologia ambiental adquire um sentido estratégico: pensar a construção de um mundo sustentável, fundado nas condições – termodinâmicas, ecológicas, simbólicas, culturais – da vida no planeta vivo que habitamos.
   

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